Por paloma.savedra

Rio - O deputado estadual Marcelo Freixo (Psol) depôs nesta quinta-feira, no Tribunal de Justiça do Rio (TJ), durante audiência dos 23 ativistas acusados de atos violentos nos protestos de 2013, entre eles Elisa Quadros, a Sininho. O parlamentar, que chegou a ser citado no inquérito policial por oferecer apoio jurídico ao movimento, foi ouvido após ser solicitado pela defesa de Sininho, o advogado Marino Icaraí . 

Deputado estadual pelo Psol, Marcelo Freixo foi ouvido nesta quinta-feira durante audiência dos 23 manifestantes acusados de violência nos protestosCarlo Wrede / Agência O Dia

Na audiência, Freixo negou envolvimento com os ativistas e voltou a afirmar que se encontrou apenas duas vezes com Sininho. Uma delas, quando ela o procurou em seu gabinete, pedindo ajuda. A jovem disse que estava sendo ameaçada por milicianos. E na outra ocasião, o deputado foi verificar as condições de dois jovens que faziam greve de fome na Cinelândia. "Havia várias pessoas presentes ali, dentre elas, a Elisa", declarou o parlamentar na audiência. 

Delegado que investigou ativistas é ouvido

Sininho e mais dois ativistas têm liberdade negada

De acordo com a denúncia do Ministério Público do Rio (MP), os 23 manifestantes são acusados de formação de quadrilha e de praticar e incitar a violência nos protestos. Segundo o MP, eles teriam cometido crimes de associação criminosa, com pena maior por participação de menores, dano qualificado, resistência, lesões corporais, posse de artefatos explosivos e corrupção de menores.

Ativistas seguem foragidas

Participaram da audiência 21 ativistas. Sininho e outra ré, Karlayne Moraes da Silva Pinheiro, a Moa, são consideradas foragidas. Elas tiveram a prisão preventiva decretada, em dezembro, depois de terem descumprido medida cautelar que as proibia de participar de protestos.

Outros três acusados neste processo estão presos preventivamente. São eles Igor Mendes - que também teve a preventiva decretada por desobedecer medida imposta pela liberdade condicional - e Caio Silva de Souza e Fábio Raposo. Os dois últimos respondem outra ação criminal e são acusados de atingirem o cinegrafista Santiago Andrade com um rojão, durante uma manifestação. Santiago teve morte encefálica em fevereiro de 2014.


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