Rio - A manifestação em defesa da Petrobras começou com tumulto na porta da Associação Brasileira de Imprensa (ABI), no Centro do Rio. Cerca de 500 manifestantes, a maioria integrantes da CUT e filiados do PT, entraram em confronto com um pequeno grupo a favor do impeachment da presidenta Dilma. Um homem a favor do afastamento da presidenta foi derrubado ao chão e agredido pelos manifestantes. Segundo integrantes da central sindical, o agredido dirigiu a um dos sindicalistas ofensas racistas, chamando de macaco um manifestante a favor do governo petista.
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A chegada do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva foi cercada de vaias e apalusos. Também compareceram o líder do MST, João pedro Stédile, o prefeito de Maricá, Washington Quaquá, e o prefeito de Niterói, Rodrigo Neves, ambos do PT.
A manifestação começou por volta das 18h desta terça-feira. Logo dois grupos se formaram, um maior com cerca de 500 pessoas manifestava apoio a Petrobras. Um outro menor, com cerca de 35 integrantes, gritava palavras de ordem contra o governo do PT e a corrupção na Petrobras. Os manifestantes contra a presidenta Dilma acusavam o governo de roubalheira. Militantes do PT ironizavam a tentativa de tirar a presidenta reeleita do poder.
A troca de farpas entre os dois grupos seguia sob forte tensão. A discussão chegou às vias de fato quando militantes da CUT e do PT acusaram um manifestante de oposição de dirigir palavras racistas. O homem foi derrubado e agredido ainda no chão por um grupo pró-PT. A vítima da agressão, identificada como Luiz Eduardo Coelho, negou as ofensas. Segundo ele, as agressões foram motivadas por ter gritado críticas contra o governo petista, o que teria incomodado a maioria dos manifestantes. " É um absurdo o Lula vir para esse ato pensando já em 2018", disse.
Um adolescente de 17 anos, da Juventude do PT, acusou o homem de tê-lo agredido com um soco no rosto. "Seguindo orientação do pessoal da CUT, eu estava tentando tirá-lo do tumulto, mas do nada ele me deu um soco no rosto", disse o jovem. Os militantes pró-PT também aponataram a presença de um homem com distintitvo da Polícia Federal com um soco inglês e um bastão retrátil. Perguntado pela reportagem do DIA, ?o homem que se identificou como Leonardo Coelho disse que estava apenas tentando acalmar os ânimos. "Gente dos dois lados tentou puxar meu distintivo", afirmou.
Um pouco antes, um homem e uma mulher entraram em discussão. Ele, que dizia a todo momento paalavras de ordme pró-Aécio, foi expulso da manifestação sob vaias, acusado de machista. Ele teria xingado a mulher, que se identificou apenas como Cláudia
"Nós começamos a brigar quando ele me perguntou se o governo do PT era honesto. Falei que a questão não era essa porque é necessário respeitar a democracia. O pessoal começou a jogar coxinhas nele e ele começou a me xingar", disse ela.
A contadora Maria Luisa Santos Castro explicou o motivo da presença do grupo de aoposição ao governo no ato convocado em defesa da Petrobras. "Viemos para criticar o Lula, a corrupção e essa ditadura que o país está se transformando", disse ela.
Vias bloqueadas
Os manifestantes se concentraram no início do protesto em frente a sede da Associação Brasileira de Imprensa (ABI), localizada na Rua Araújo Porto Alegre, e fez com que a via, na altura da Rua México, fosse interditada. Os integrantes seguiram em passeata em direção à Avenida Rio Branco. De acordo com o Centro de Operações da Prefeitura do Rio, a Rua Araújo Porto Alegre foi interditada entre a Avenida Rio Branco e a Avenida Graça Aranha por volta das 18h30.
*com informações de Paulo Lima