Por nicolas.satriano

Rio - O Clube Militar criticou as declarações do ex-presidente Lula em ato em defesa da Petrobras na terça-feira, na sede da Associação Brasileira de Imprensa (ABI), no Centro do Rio. Em nota, a organização chamou o petista de “agitador de rua” e o acusou de incitar a discórdia. “É inadmissível um ex-presidente da República pregar a cizânia da Nação”, diz um trecho do texto.

No ato, que teve confusão e pancadaria entre manifestantes pró e contra a presidenta Dilma Rousseff, o líder do Movimento dos Sem Terra (MST), João Pedro Stédile, encerrou sua fala pedindo a Lula “voltasse às ruas” e “a ser o Lula de São Bernardo do Campo”, em referência à época em que o ex-presidente era líder sindical.

Depois, Lula foi ao microfone e se disse disposto a engrossar manifestações em favor de Dilma. “Tudo o que a Marisa (Letícia, esposa) quer é que eu volte a ser o Lula de quarenta anos atrás”.

Evento realizado na Associação Brasileira de Imprensa (ABI) teve a presença de políticos e intelectuaisJoão Laet / Arquivo Agência O Dia

Durante a fala, subiu o tom e garantiu que está “pronto para a briga” com a oposição. “Quero paz e democracia, mas sabemos brigar. Sobretudo quando o Stédile colocar o exército dele nas ruas”, afirmou.

Em nota contundente, o Clube Militar repudiou o discurso. “O Clube Militar repudia, veementemente, a infeliz colocação desse senhor, pois neste País sempre houve e sempre haverá somente um exército, o Exército Brasileiro, o Exército de Caxias, que sempre nos defendeu em todas as situações de perigo, externas ou internas.”

O texto questionou ainda a real intenção de Lula ao proferir o discurso e sugeriu que há envolvimento do líder petista em escândalos de corrupção. “O que há mais por trás disso?Atitude prévia e defensiva de quem teme as investigações sobre corrupção em curso?”.

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