Por adriano.araujo

Rio - Apontado como o autor do disparo que executou à luz do dia Igor Veras de Oliveira Falcão, de 20 anos, em Belford Roxo, na Baixada Fluminense, Douglas Idael Pereira Ramos se entregou à polícia na madrugada desta terça-feira. O crime ocorreu em uma movimentada rua do bairro da Prata, em janeiro de 2014.  

Segundo informações da 17ª DP (São Cristóvão), foi cumprido contra ele cumprido um mandado de prisão por homicídio qualificado. O Disque-Denúncia oferecia R$ 2 mil por informações que levassem à prisão de Douglas. 

No início deste mês, foram absolvidos pelo júri popular Gabriel Fernandes de Araújo, de 21 anos, e Paulo Roberto Pereira Bruno, de 25, que participaram da execução. O julgamento, presidido pela juíza Renata Travassos Medina de Macedo, durou cerca de sete horas e ocorreu na 1ª Vara Criminal de Belford Roxo.

Douglas se apresentou à polícia nesta terça-feiraDivulgação

O Ministério Público pediu a condenação dos réus, que respondiam por homicídio qualificado por motivo torpe, executado de modo cruel. De acordo com a denúncia do MP, Gabriel e Paulo teriam mantido a vítima no local onde havia sido detida até a chegada do executor, Douglas Idael Pereira Ramos. O grupo teria cometido o crime por vingança, porque Igor teria participado de um roubo na localidade e Douglas não toleraria a ação de assaltantes no local.

A defensora pública Anna Carolina da Costa Vieira, que atuou na defesa de Gabriel, argumentou diante dos jurados não haver provas de que ele tivesse combinado com o autor dos disparos manter a vítima imobilizada para a consumação do crime. Segundo ela, Igor havia cometido roubo nas imediações e fora mantido imobilizado por Gabriel à espera da polícia, já que diversas pessoas que presenciaram os fatos informaram que esta já havia sido acionada.

“Não restou provado nenhum prévio ajuste de conduta entre eles. Nada indica que Gabriel, que era réu primário, conhecia as intenções do atirador’, explica a defensora por meio de nota.

Igor foi morto em 2 de janeiro de 2014 na Estrada Plínio Casado. A ação foi filmada e chocou na época, quando a sociedade discutia a ação de justiceiros. Nas imagens, a vítima está sentada no chão, sendo segurada pela cabeça por Paulo Roberto. Segundos depois, chega Douglas, na garupa da moto pilotada por Cleiton, saca uma pistola e dispara três vezes.

O atirador tinha sido condenado por porte de arma um mês antes da execução, mas sua pena de dois anos de reclusão foi substituída por “prestação de serviços à comunidade” e “prestação pecuniária, consistente no pagamento de um salário mínimo à entidade pública ou privada com destinação social a ser indicada no momento da execução”. A vítima também tinha antecedentes criminais por tentativa de roubo, quando ficou preso por um ano.

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