Rio - A presidenta Dilma Roussef comentou nesta quinta-feira as manifestações populares e reforçou que o período conturbado na economia do país é passageiro. "Nosso país está passando por um momento de dificuldades conjunturais. Mas nós somos um país que tem uma base sólida. (...) Uma conjuntura é um momento", discursou Dilma na inauguração da primeira etapa das obras de expansão do porto do Rio. "Nós esgotamos todos os nossos recursos de combater a crise que começou lá em 2009, e que nós combatemos contra todas as características que são próprias da crise internacional deste período", afirmou.
Galeria: Dilma inaugura primeira fase das obras de ampliação do Porto do Rio
"Nenhum empresário decide investir tanto em uma obra tão grande como essa sem realizar estudos de demanda, sem saber se o país tem ou não tem futuro. E aqui nós estamos no Porto do Futuro porque o Brasil hoje é um país que tem condições de crescer, gerar emprego e gerar renda", comentou a presidenta.
A respeito das manifestações contrárias a seu governo, marcadas para este domingo, a presidenta declarou mais uma vez que qualquer manifestação pacífica é legítima. "As pessoas têm o direito e devem se manifestar", disse. "Todos têm direito de criticar quem quer que seja. Só não podemos aceitar a violência", completou.
Dilma relembrou ainda que atualmente as manifestações são garantidas pela democracia, diferente do que ela viveu na época da ditadura militar quando não havia espaço para contestação. Está marcada para o próximo domingo uma manifestação que pede a saída de Dilma do governo. Mais de 15 mil pessoas já confirmaram presença no evento criado na rede social Facebook.
No evento, também estiveram presentes o governador Luiz Fernando Pezão e o prefeito Eduardo Paes. Estima-se que o Porto do Futuro irá gerar cinco mil postos de trabalho diretos e indiretos. A inauguração representa um aumento de 63% na capacidade dos terminais, que somados passam a ter o maior cais contínuo da América do Sul. Ao todo, o investimento no porto foi de R$ 1,8 bilhão, sendo R$ 1 bilhão de empresas privadas.