Por bianca.lobianco

Rio - Mais de 8 mil alunos ficaram sem aulas na manhã desta sexta-feira por conta das operações simultâneas da Polícia Militar para reprimir o tráfico de drogas em Madureira, na Zona Norte, e em Santa Cruz, na Zona Oeste da cidade.

De acordo com a Secretaria Municipal de Educação, uma creche e uma escola estão sem atendimento no Morro da Serrinha, em Madureira, por conta da violência na região. As duas unidades atendem 454 alunos. Já em Santa Cruz, nove escolas e três creches estão fechadas, deixando 7.871 alunos sem aula na Favela do Rola. 

Já a Secretaria Estadual de Educação informou que uma unidade em Santa Cruz precisou ser fechada e 600 alunos tiveram que ficar em casa por conta da operação no local. 

Homem morre por bala perdida na Favela do Rola 

Um homem foi atingido por bala perdida e morreu durante uma troca de tiros entre policiais do 27º BPM (Santa Cruz) e bandidos da Favela do Rola, em Santa Cruz, na manhã desta sexta-feira. O batalhão realiza uma operação na comunidade.

A vítima, que seria um idoso, não resistiu ao ferimento e morreu no local. Não há informações sobre as circunstâncias em que o homem foi baleado. A PM informou apenas que "houve confronto e uma pessoa ficou ferida, mas não resistiu." A operação continua na comunidade e a Delegacia de Homicídios da Capital (DH-Capital) está a caminho do local para a realização da perícia.

Outra bala perdida mata moradora no Alemão

No Complexo do Alemão, a moradora Vanessa Aparecida de Abcassis, de 38 anos, foi atingida pelas costas por um disparo, na localidade do Areal, na tarde desta quinta-feira. Segundo a Coordenadoria de Polícia Pacificadora (CPP), pouco antes das 14h, policiais da UPP da comunidade ouviram da base da unidade alguns disparos, mas não conseguiram identificar a origem dos tiros.

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Embora a UPP negue que tenha ocorrido tiroteio no Areal, moradores e parentes afirmaram que PMs fizeram disparos. Um sobrinho de Vanessa desabafou em rede social: “É minha tia (que morreu)! Foram os policiais que atiraram”. A morte de mais uma vítima gerou revolta entre moradores. “Até quando teremos que caminhar atrás de corpos?”, escreveu um jovem no Facebook.



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