Por adriano.araujo

Rio - Comunidades que contam com Unidades de Polícia Pacificadora (UPPs), mas que ainda sofrem com a resistência de quadrilhas de traficantes armados, a Rocinha e o Complexo do Alemão tiveram um sábado marcado pela violência. Na favela de São Conrado, um PM foi baleado em troca de tiros na localidade do 199, mas foi socorrido e não corre risco de vida. Na segunda, houve tiroteio no fim da madrugada, sem registro de feridos. Em Bangu, na Zona Oeste, outro policial militar também ficou ferido após tiroteio com traficantes da Favela do Sandá. O sargento, lotado no 14º BPM (Bangu), também está fora de perigo.

Vítima fatal de uma bala perdida no Alemão, quinta-feira, a dona de casa Vanessa Aparecida de Abicassis, 38 anos, foi enterrada ontem no Cemitério de Inhaúma. Ele estava na porta de casa e foi atingida quando conversava com amigos.

“Não foi troca de tiros. Foram três tiros direcionados para o grupo. Um acertou o coração, outro o pulmão e o terceiro pegou num vizinho, o Luiz Carlos. Deram para matar”, disse Dalva da Silva, irmã de Vanessa, que acusou policiais da UPP. A PM nega a versão.

Um parente de Luiz Carlos, que preferiu não se identificar, contou que Vanessa estava assistindo a um vídeo no celular do vizinho quando foi alvejada. “Os moradores não têm mais tranquilidade para viver”, disse ele.

Vanessa deixou o marido, Nilson, com quem era casada há 20 anos, e dois filhos. Um de 19 anos e outro de 16, que sofre de paralisia cerebral. A Delegacia de Homicídios investiga o caso.

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