Rio - As fotos de um padre nu chocaram a população da pacata Miracema, que fica no Noroeste Fluminense, também conhecida como "Princesinha do Noroeste Fluminense". A imagem do antigo pároco da cidade, Alfredo Rosa, pelado em frente a um espelho vazou no aplicativo WhatsApp e tem sido compartilhada amplamente na internet.
Segundo nota enviada ao Jornal Terceira Via, de Campos dos Goytacazes, o Bispado da Diocese, instituição que responde pela Igreja Católica nas regiões Norte e Noroeste Fluminense, as fotos foram divulgadas por uma mulher com quem o padre mantinha relações e utilizou as redes sociais para denunciá-lo.
O Bispado, no entanto, informou não constar que o padre e a mulher chegavam a manter relações sexuais e só se conheciam através do Facebook. O pároco não sabe informar quem é a moça porque, segundo ele, ela apresentou uma identidade falsa.
As fotos obscenas renderam uma suspensão do padre da Ordem e ele não trabalha mais em nenhuma paróquia. Além das fotos, outras denúncias da mulher que teria espalhado as imagens ou de outra pessoa não apareceram contra o padre.
'Um escândalo na cidade', diz moradora
O caso veio à tona em Miracema, no último dia 21, e virou um escândalo. Com 26.843 habitantes, o município parou e, desde então, esse é o assunto mais comentado: "Foi um choque geral", diz uma moradora, de 36 anos, que não quis se identificar.
Líder religioso conhecido, padre Alfredo também era bem querido na cidade por ser filho de uma moradora nascida no local. Segundo moradores, a mãe do antigo pároco da Igreja está muito abalada com o caso. "Ele era bem aceito na comunidade. Até porque é de família de lá. Agora a mãe dele está muito mal, estaria até entrando em depressão", contou a moradora.
Segundo fiéis que frequentavam a Igreja Matriz Santo Antônio de Miracema, quando as fotos começaram a ser compartilhadas, o padre foi questionado por eles e negou o fato. Ele disse ainda que foi uma montagem.
No entanto, dias depois, teria se mostrado "resignado" e disse: "Todas as pessoas são pecadoras". Antes de ser expulso da Ordem, o padre chegou a ser transferido para o município vizinho de Natividade. Mas o caso foi ganhando ainda mais repercussão.
A moradora do município diz que uma crise tomou os católicos da cidade: "Houve uma crise de identidade entre os religiosos. Ele não é uma pessoa ruim. Teve essa falha, porque é humano, mas por ter posição de liderança afetou a comunidade católica toda", contou ela.
"Havia aqueles que colocavam ele acima do bem e do mal. Outros que não se deram conta que ele é passível de erros, porque foi um choque emocional tão grande, que não conseguiram ver. A questão é que ele exercia uma posição e hierarquia, era um representante da Igreja", completou outro morador, de 52 anos.