Rio - Agentes do Degase fizeram uma manifestação na escadaria da Assembleia Legislativa do Rio (Alerj) contra as agressões e assassinatos sofridos pelos servidores. O protesto foi realizado em dia de audiência pública para tratar do tema e as condições de trabalho da categoria. O grupo aponta diversos problemas nas unidades, como insalubridade, superlotação e periculosidade, e reivindica ainda equiparação salarial com os servidores da Secretaria de Estado de Administração Penitenciária (Seap).
GALERIA: Após agressões e sequestro, agentes do Degase protestam na Alerj
Agente do Degase foi torturado por 16 horas em favela de Bangu
"Há duas semanas o agente Adílson Cassiano foi morto em Muriqui. Ele já estava aposentado, mas o reconheceram. Em 2013, houve três assassinatos. As condições do Degase são sub-humanas, tanto para servidores quanto para adolescentes. Não pode continuar assim", afirmou o presidente do sindicato dos servidores do Degase, João Luiz Rodrigues, lembrando ainda o sequestro de um agente no último dia 24, quando houve uma rebelião no Educandário Santo Expedito, em Bangu.
O agente daquela unidade foi sequestrado e torturado no Morro do 48, no mesmo bairro. Segundo seus relatos, um ex-interno o reconheceu e o levou para o alto da comunidade.
Audiência Pública discute melhorias
O deputado Marcelo Freixo (PSOL) está presidindo uma audiência pública na Alerj para tratar das reivindicações da categoria, como equiparação salarial com agentes da Seap e melhores condições de trabalho. Além de João Luiz Rodrigues, compõem a mesa o desembargador Siro Darlan, a deputada Marta Rocha (PSD), o presidente do Degase Alexandre Bastos, e a secretária estadual de Assistência Social, Teresa Consentino.