Por paulo.lima

Rio - Cerca de 70 funcionários que trabalhavam no Complexo Esportivo de Deodoro para a empreiteira Queiroz Galvão foram demitidos nesta quarta-feira. Em consequência disso, outros mil trabalhadores foram colocados em aviso prévio para a obra no complexo, que abrigará 11 modalidades nas Olimpíadas de 2016. A obra teve início em 2014 e, após os Jogos, será transformada em um parque.

Apesar do ritmo das obras estarem adequados para o prazo, se os pagamentos não forem efetuados em dia até o fim de abril, os trabalhadores em aviso prévio poderão ser efetivamente dispensados. Praticamente 100% da mão de obra desse grupo fazem parte diretamente da construção do complexo. Portanto, a demissão desses poderia colocar em risco a entrega da obra dentro do prazo.

Segundo reportagem do jornal O Globo, o Complexo de Deodoro não é o único empreendimento administrado pela Queiroz Galvão que sofreu corte de funcionários. A construção do Veículo Leve sobre Trilhos (VLT) da Baixada Santista também apresenta essa mesma situação e, também nesta quarta-feira, 70 funcionários foram demitidos e 450 estão em situação de aviso prévio.

Ainda de acordo com a publicação, a construtora vem sofrendo com atrasos em pagamentos devidos pela Prefeitura do Rio, que repassa os recursos do Governo Federal para a empreiteira. No começo do ano, a Queiroz Galvão recebeu um únici pagamento de cerca de R$ 60 milhões, mas devido ao avanço nas obras, outros R$ 80 milhões já deveriam ter sido pagos à empresa, somando um total de R$ 640 milhões no orçamento.

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