Por paloma.savedra

Rio - Na quarta etapa da fiscalização em pastelarias do Rio, promovida pelo Procon em conjunto com o Ministério do Trabalho e Emprego, os agentes autuaram nesta sexta-feira a lanchonete Congo, na esquina da Rua Sacadura Cabral esquina com a Camerino, no Centro do Rio. O objetivo da ação é combater o trabalho escravo e o tráfico de pessoas, além de irregularidades nos estabelecimentos. a ação acontece simultaneamente a outras três, em Belford Roxo, Duque de Caxias e Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense. 

GALERIA: Polícia faz operação em pastelarias do Rio

Polícia inicia quarta fase da operação Yulin, contra o tráfico de pessoas e trabalho escravo nas pastelarias do Rio de JaneiroAlexandre Vieira/ Agência O Dia

Os agentes do Procon autuaram a pastelaria Congo por falta de higiene. Além disso, os fiscais encontraram dois trabalhadores chineses em situação ilegal — sem documentação — e, segundo os auditores, há ainda indícios de que eles estavam sendo utilizados para trabalho escravo. A dupla estava em dois microalojamentos dentro da pastelaria. Eles não falam português e foram levados ao Ministério do Trabalho para que possam dar suas declarações com ajuda de um tradutor. 

"Há indícios de trabalho análogo à escravidão porque o alojamento é em condições impróprias e tudo indica que eles moram ali", declarou a auditora fiscal Larissa Abreu da Cruz Silva.

O proprietário da lanchonete, que é chinês, alegou que os dois só descansavam no local. Há ainda outros dois trabalhadores chineses com visto permanente. Segundo o Procon, não foi encontrado nenhum produto fora de validade, mas os fiscais constataram falta de higiene e a presença de animal em cima das prateleiras. 

A pastelaria tem 48 horas para conseguir o certificado do Corpo de Bombeiros, sob pena de interdição, e mais 15 dias para apresentar sua defesa ao Procon.

Você pode gostar