Rio - A Defensoria Pública do Rio acompanha nesta quarta-feira o cadastramento dos ex-ocupantes do prédio que pertence ao Clube de Regatas do Flamengo e do grupo EBX, de Eike Batista, que teve a reintegração de posse realizada no último dia 14. O cadastro será feito pelas secretarias Estadual de Assistência Social e Municipal de Desenvolvimento Social. Algumas famílias estão acampadas Cinelândia, no Centro da cidade, desde ontem.
LEIA: Confusão entre guardas municipais e desabrigados
GALERIA: Acusação de roubo acaba em tumulto entre GM e ex-ocupantes de prédio
De acordo com a Defensoria, as famílias estão sendo assistidas pelo Núcleo de Terras e Habitação (Nuth) do órgão. Segundo o defensor público João Helvécio de Carvalho, coordenador do Nuth, o objetivo do cadastramento é levantar as necessidades das famílias e encaminhá-las imediatamente às soluções disponíveis. “Vamos verificar se há pessoas inscritas em programas sociais dos governos municipal, estadual ou federal", antecipa Carvalho.
LEIA MAIS: Grupo que invadiu prédio no Flamengo acampa na Cinelândia
O defensor deu como exemplo o programa Vila da Melhor Idade, em Santa Cruz, na Zona Oeste, mantido pela Secretaria Estadual de Habitação. "Mas para lá só podem ir idosos que sejam independentes. Portanto, precisamos fazer o estudo de cada caso”, explicou.
Na madrugada desta terça-feira, uma denúncia de roubo terminou com a prisão de dois jovens e causou tumulto entre guardas municipais e ex-ocupantes do Edifício Hilton Santos, no Flamengo, que estão acampados na Cinelândia, no Centro. Um bebê quase foi atingido por uma bomba de gás lacrimogêneo durante uma ação da guarda.