Rio - Mais um caso de violência contra a mulher foi registrado na Região Metropolitana do Rio na última semana. Desta vez, a vítima foi a auxiliar de serviços gerais Adriana Moreno Nascimento, de 35 anos. Na sexta-feira (24), o vigilante Erlon da Silva Araújo, 40, jogou álcool na sua mulher — que estava cozinhando — durante uma discussão dentro de casa, em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense. Ele teve a prisão temporária decretada pela justiça pelo crime de tentativa de feminicídio.
Com queimaduras de segundo e terceiro grau, Adriana foi levada ao hospital pela família. Os parentes registraram o caso na 59ª DP(Duque de Caxias) — que foi encaminhado para a Delegacia de Atendimento à Mulher (Deam) —e compartilham imagens do marido da vítima. O objetivo é que a população denuncie o paradeiro de Erlon.
Estudantes do curso jurídico Toga, no Rio, onde a vítima trabalha, também se mobilizaram nas redes sociais. Eles compartilham as fotos da vítima internada e do homem. Os alunos lamentam o caso e dizem que Adriana é uma pessoa "alto astral" e boa com todos.
"A Adriana passa bem, embora muito abalada emocionalmente, o que é normal. Fui visitá-la nesta segunda-feira no hospital. Ela está no CTI, mas totalmente lúcida e sem aparelhos e tubos. As queimaduras foram de 1º e 2º graus. A área mais atingida foi o braço direito, que está totalmente enfaixado", disse uma das alunas do curso.
"Ela teve queimaduras também no ombro, e na face, do lado direito. Ela vai superar esta, mas precisa de nossa solidariedade e carinho, pois uma violência dessas deixa marcas muito profundas", completou a jovem.
De acordo com os relatos, Erlon jogou álcool no corpo da mulher durante a discussão e as chamas do fogão logo a atingiram e a queimaram. O casal vivia há 12 anos juntos e tem duas filhas.
A Justiça decretou a prisão de Erlon, após pedido da polícia. Ele ainda está foragido. Por meio de nota, a assessoria da Polícia Civil afirmou que agentes da Deam estão realizando diligências para capturá-lo.