Rio - Acusado de matar o taxista Carlos Paredes Dias Neto, no domingo passado, o soldado PM Pedro Emanuel D'Onofre Andrade Silva Cordeiro, 23 anos, respondia a três inquéritos internos da corporação. Um dos procedimentos é por desacato a superior, em 2013. Ele e seu comparsa, Jeferson Honorio da Cruz, o 'Jefão', de 24 anos, foram presos nesta sexta-feira por agentes da Divisão de Homicídios (DH). A polícia prendeu um terceiro suspeito de participar do crime, que não foi identificado.
De acordo com o delegado assistente, Alexandre Herdy, o PM já havia sido detido pela própria corporação na última quarta-feira, 29 de abril, por descumprir ordem, imposta por uma das investigações, que o proibia de usar armas.
Polícia prende acusados de matar taxista em Realengo
O PM matou o taxista logo após uma briga em uma festa em Realengo, na Zona Oeste. Pedro havia esbarrado em um amigo da vítima no pagode 'Nossa Resenha' e provocado uma discussão. O soldado foi retirado do local por seguranças.
Em seguida, o policial deixou o local em um gol preto com Jefão ao volante. Depois da confusão, o taxista saiu da festa e pegou carona na moto de um amigo. Ele foi abordado pelo gol preto a cerca de 1 km da casa de shows. O PM Pedro Emanuel saiu do carro e disparou dez tiros contra o taxista. O homem que conduzia a moto se jogou e conseguiu escapar.
Segundo o delegado Alexandre Herdy, o soldado vai responder por homicídio qualificado, porte ilegal de arma, além de corrupção de menor. O PM escondeu a arma usada no crime na casa de sua namorada, que tem 17 anos, em Duque de Caxias. Jeferson responderá como co-autor do crime. A polícia ainda analisa a participação do terceiro envolvido, que estava no banco de trás do carro e não foi identificado.
A pistola usada pelo PM para matar o taxista foi achada dentro de uma lata de tinta branca embrulhada em um plástico. Na casa do soldado também foram encontrados quatro sprays de pimenta, quatro balas de borracha, uma arma de choque e dois cacetetes.