Por adriano.araujo

Rio - Cerca de 50 pessoas, entre familiares e amigos, estão presentes no velório de Sarah Correia, de 22 anos, que será enterrada na tarde desta segunda-feira no Cemitério do Caju, na Zona Portuária. O caixão de Sarah está coberto com a bandeira do Fluminense, seu time de coração. A medalhista olímpica teve morte cerebral no último sábado, um depois de ser atropelada na Estrada dos Bandeirantes, em Vargem Pequena, na Zona Oeste do Rio. Durante o velório, a mãe da atleta, Maria de Fátima Gonçalves, de 55 anos, desabafou seu sofrimento com a morte precoce da filha. 

"Não é fácil enterrar uma filha com 22 anos. É a pior dor do mundo. Antigamente eram os filhos que enterravam os pais e hoje é o contrário", falou. Ela revelou que prometeu à filha em seu leito de morte que iria buscar Justiça contra o acusado, que ainda não teve o nome identificado.

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Sarah Corrêa%2C de 22 anos%2C morreu%2C após ser atropelada%2C na noite da última sexta-feira%2C em JacarepaguáReprodução

"Quando passar esse momento de dor vou levantar uma bandeira contra a impunidade e a falta de Justiça. Esse rapaz já matou três pessoas, minha filha e um senhor, e antes já havia matando uma senhora. É uma pessoa que não deveria estar no convívio da sociedade. Ele está acabando com famílias. A Justiça é muito lenta e muitas vezes ela não é feita. Fiz a promessa de que ele iria pagar por esse crime, na beira da cama da minha filha, quando ela já tinha sido diagnosticada com a morte cerebral."

O velório da atleta acontece na capela B do Cemitério do Caju e o enterro está previsto para acontecer às 14h. Segundo a mãe da jovem, ela  tinha planos de voltar a nadar pelo Flamengo, clube que defendeu entre 2010 a 2013.

Assim como Sarah, Paulo Coelho Soares, de 57 anos, também morreu por conta do acidente. Ele foi sepultado na tarde de domingo, no Cemitério do Pechincha. "Eu vi o carro vindo em alta velocidade e acho que as rodas traseiras estavam travadas", relatou Delmiro Mariano, amigo de Paulo.


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