Por daniela.lima

Rio - O governo estadual afirmou, ontem, que voltou a conversar com a Prefeitura do Rio sobre a possibilidade de o município assumir a operação dos bondes de Santa Teresa. Essa discussão chegou a ocorrer em 2012, na gestão Sérgio Cabral, mas a migração não foi concretizada. Desta vez, a crise financeira do Executivo estadual seria o motivador para uma mudança, apesar de nenhum dos dois governos admitir oficialmente a troca. 

Obras%2C atrasadas%2C causam transtorno e levam perigo aos moradoresJoão Laet / Agência O Dia


Enquanto a situação não se define, as obras do bonde vão ganhando contornos cada vez mais problemáticos. No início de abril, a Secretaria Estadual de Transportes determinou a realização de reparos no trecho Carioca-Curvelo e na Rua Francisco Muratori. Esses serviços ocorreram após testes indicarem problemas para operação de um dos tipos de freio.

“Os novos bondes possuem quatro tipos de freios, sendo que o quarto tipo, acionado apenas em caso de emergência, é o magnético. Durante os testes com os novos bondes, os técnicos identificaram que a falha na colocação dos paralelepípedos poderia impedir o funcionamento desses freios”, explicou a secretaria, por nota.

Por causa disso, o estado aplicou advertência formal em contrato e determinou que os reparos fossem feitos sem custos. O presidente da Associação de Moradores e Amigos de Santa Teresa, Jacques Schwarzstein, criticou o andamento das obras, classificando-a como espécie de operação-tartaruga. “Se a prefeitura vai assumir a operação, não sabemos. O que temos de real é que, em vários pontos, as obras pararam”, reclamou.

A obra em Santa Teresa vai custar R$ 90 milhões. Serão 14 novos bondes, que foram adquiridos por meio de licitação pública. O estado chegou a anunciar que na Copa do Mundo o sistema já estaria operando. Agora a expectativa é para a Olimpíada.

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