Por cadu.bruno

Rio - Por 54 votos 1, o deputado federal Cabo Daciolo, do Psol-RJ, está oficialmente expulso do partido por decisão do Diretório Nacional, realizada neste sábado, que acatou o relatório unânime da Comissão de Ética. O político deixa o Psol por infidelidade partidária, por descumprir reiteradamente o programa e o estatuto do partido. Na reunião do Diretório participaram, entre outros dirigentes, Luciana Genro e Chico Alencar, que votaram a favor da expulsão.

O partido ainda não decidiu se vai brigar pelo mandato de Daciolo. Em discurso neste sábado, a ex-deputada estadual Janira Rocha acusou o Psol de perseguição, mas reconheceu que Daciolo cometeu erros e que boa parte da militância queria a saída do político do partido.

Cabo Daciolo foi expulso do partido durante reunião do Diretório Nacional em BrasíliaDivulgação

Líder da greve dos bombeiros do Rio em 2011, Daciolo se elegeu deputado federal com quase 50 mil votos. Apoiado por Janira Rocha, única a votar contra a expulsão, teve pouco tempo de campanha na TV e pautou sua ainda curta trajetória na Câmara de Deputados com posições consideradas contrárias ao programa do Psol.

Primeiro, Daciolo anunciou que iria protocolar Proposta de Emenda à Constituição (PEC) para incluir o texto “todo poder emana de Deus”. Apesar dos apelos da bancada para demovê-lo da ideia, o parlamentar levou a proposta adiante, apesar da defesa que o Psol faz do Estado laico.

Passagem do Cabo Daciolo pelo partido foi marcada por polêmicasEBC

Para a Executiva do Rio, a gota d’água aconteceu quando o deputado discursou em plenário defendendo os PMs acusados de envolvimento com o sumiço, tortura e morte do pedreiro Amarildo de Souza em 2013.

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