Rio - A paralisação em algumas unidades de ensino da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) pode ter fim amanhã, caso os salários dos terceirizados que estão sem pagamento sejam efetivado ainda hoje. Em audiência com o Ministério Público do Trabalho (MPT) realizada ontem, a empresa Qualitécnica, prestadora de serviços de limpeza para a UFRJ, informou que vai pagar os salários atrasados nesta terça.
Para a reitoria, as aulas poderiam ser retomadas hoje. “Do ponto de vista institucional, fizemos o que podia ser feito, levamos o caso ao MPT. Entendemos que as aulas já podem ser retomadas”, disse o pró-reitor Roberto Gambine, durante uma reunião ontem à tarde, com os diretores de unidades da UFRJ, funcionários terceirizados e estudantes.
Para o movimento estudantil, no entanto, o documento assinado pela empresa não é suficiente. Eles querem garantir que os salários serão pagos, para só então retomarem as atividades. “Quando colocam o dinheiro, vem tudo pela metade. Estamos nessa situação desde dezembro, não dá mais para aguentar”, comentou uma das terceirizadas.
O reitor Carlos Levi cedeu ao pedido do movimento quando diretores de algumas unidades começaram a se pronunciar a favor da proposta. “Não temos condições de retornar do dia para a noite. Faço um apelo ao reitor: vamos aguardar o depósito e usar essas 24 horas para colocar ordem na casa e garantir que as pessoas terão dinheiro para vir”, comentou o diretor da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo (FAU), Mauro Santos.
Ainda durante a reunião, moradores do alojamento fizeram um protesto e ofereceram aos reitores a comida que é servida na moradia estudantil: café e pão. A pauta, no entanto, continuou sendo a dos terceirizados. A assistência estudantil deve ser discutida no Conselho Universitário (Consuni) extraordinário, marcado para quinta-feira, dia 21. Mais de 150 estudantes continuam ocupando o prédio da reitoria, na Cidade Universitária.
Martins Pena
Nesta segunda-feira, a Comissão de Cultura da Alerj aprovou a criação de um Grupo de Trabalho para dar uma solução aos problemas que a escola de Teatro Martins Pena tem enfrentado. “Há dinheiro para resolver questões estruturais da escola e contratar professores. O que falta, às vezes, é vergonha”, disse o deputado Eliomar Coelho, autor da proposta.
Reportagem de Amanda Prado