Por nicolas.satriano

Rio - Em momento de crise financeira, problemas na gestão de unidades de saúde , aumento da violência e greves nas obras das Olimpíadas, vereadores do Rio decidiram abrir espaço na agenda para tentar criar o ‘Dia do Orgulho Hétero’ e incluí-lo no calendário oficial da cidade. A proposta é assinada por Jimmy Pereira (PRTB), Eliseu Kessler (PSD) e Alexandre Isquierdo (PMDB). A justificativa é garantir ao cidadão “o direito de se manifestar pacificamente e afirmar seu orgulho em ser heterossexual.

Para Jimmy Pereira, existe preconceito contra heterossexuais. O vereador afirmou que o projeto não tem nenhuma inspiração religiosa.

Jimmy Pereira é um dos defensores do dia do orgulho hétero no RioDivulgação

“Todo dia é dia de alguma coisa, ué. Existe preconceito contra gordinho, careca, baixinho, idoso. A gente sabe que há preconceito contra gays, mas não podemos deixar de valorizar os héteros, que perpetuam a espécie. Nada pode se opor à família tradicional. Já propuseram dia do orgulho gay aqui”, afirmou o parlamentar ao lembrar iniciativa semelhante do presidente da Câmara dos Deputados Eduardo Cunha (PMDB-RJ).

Segundo Pereira, a proposta também seria encampada pelo vereador Carlos Bolsonaro (PP), filho do deputado federal Jair Bolsonaro, frequentemente envolvido em polêmicas sobre os direitos LGBT. Carlos, porém, negou qualquer tipo de participação no projeto.

Ao lado do vereador Marcelo Arar (PT), Laura Carneiro (PTB) propôs a criação do dia do orgulho LGBT. Ela respeitou a proposta, mas discordou da tese do “preconceito hétero”.

“Nesse caso, existe uma história de luta por direitos civis de minorias. É um direito deles apresentarem esse projeto, mas ninguém morre por ser heterossexual. Os dados são alarmantes e mostram que há um fundamentalismo sexual”, opinou Laura Carneiro.

Político tenta ser vereador e deputado estadual

A briga por uma vaga na Assembleia Legislativa do Rio (Alerj) pode parar na Justiça. O vereador de Macaé, Chico Machado (PMDB), ameaça entrar com ação para ocupar vaga de deputado na Alerj sem precisar abrir mão de seu mandato na Câmara Municipal. Porém, a Mesa-Diretora da Assembleia condiciona a sua posse à renúncia como vereador. Machado é suplente do ex-deputado Domingos Brazão, que virou conselheiro do Tribunal de Contas do Estado (TCE) há quase um mês.

O vereador quer tirar licença na Câmara de Macaé para não perder a cadeira. Ele teme isso aconteça, caso Brazão ou outro político queria voltar à Alerj. Machado argumenta que a Lei Orgânica de Macaé permite o artifício. Mas, para a Mesa-Diretora da Alerj, o que vale é a Constituição Federal que determina que deputados e senadores não podem ser titulares de mais de um cargo público eletivo.

Se não obter sucesso, quem assumirá a vaga será o ex-deputado Rafael do Gordo (PMDB), importe aliado de Picciani. Rafael foi o quarto deputado mais faltoso no ano passado, com 39 ausências. A situação de Machado não é muito diferente. O vereador liderou a lista dos faltosos em 2013. Das 71 sessões Legislativas, faltou a 33 sessões.

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