Por nicolas.satriano

Rio - Alunos do Colégio Pedro II estão, há duas semanas, à base de sucos e biscoitos. As refeições quentes foram substituídas por lanches depois que a instituição atrasou o salário das merendeiras. Sem dinheiro, vale-transporte e alimentação, as funcionárias terceirizadas cruzaram os braços. Ontem, foram paralisados totalmente os serviços para as turmas da Educação Infantil, em Realengo, e dos campi Engenho Novo I, Tijuca II, Humaitá II, Realengo I, Realengo II e São Cristóvão II.

Alunos de São Cristovão%2C Matheus (E)%2C Gabriele e Caio só recebem suco e biscoito no lugar de refeiçõesAndré Luiz Mello / Agência O Dia

Estudantes do 8º e 9º anos, Gabriele Samary e Caio Pontes, 16 anos, contam que não conseguem prestar atenção nas aulas. “A gente fica com fome o dia todo. Biscoito não enche barriga. Antes tinha até estrogonofe. Agora dão biscoito e um suco quente ou só água”, reclama Caio, que fica na escola das 13h às 18h. A reitoria do colégio disse que repassou no dia 11 de maio R$ 80 mil e, no dia 19 mais R$ 111.088,80 à empresa Rigicar, responsável pelos terceirizados.

A reitoria da escola informou que o atraso no repasse à empresa ocorreu porque o Pedro II está recebendo do governo só 20% dos recursos destinados à instituição.Segundo a direção, as merendeiras estão trabalhando normalmente apenas nas unidades de Niterói e Tijuca I e parcialmente no campus de Duque de Caxias. No Campus Humaitá I, a merenda continua sendo servida por uma auxiliar de nutrição do colégio. Ontem de tarde em Realengo, um problema no abastecimento de água suspensou as aulas do turno da manhã e tarde. A situação foi normalizada à tarde.

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