Rio - Cento e cinquenta boxes do Mercado Popular da Rua Uruguaiana, no Centro, foram fechados nesta terça-feira durante operação da polícia contra receptação de celulares roubados na região e em shoppings. Os agentes usaram até marretas para abrir as portas das lojas, pois muitas estavam trancadas.
GALERIA: Mercadorias são apreendidas na Uruguaiana
Mais de 50 policiais da 4ª DP (Praça da República), com o apoio da Coordenadoria de Operações e Recursos Especiais (Core), cumpriram 150 mandados de busca e apreensão. Todos os boxes considerados irregulares foram lacrados e várias sacolas com materiais, apreendidas. Entre os produtos, estavam três mil relógios, 1.100 celulares, 200 tablets, além de perfumes, roupas, calçados, desodorantes e cigarros de procedência duvidosa.
Muitos desses aparelhos telefônicos de última geração apreendidos eram vendidos por mais de R$ 2 mil nas lojas credenciadas, mas nas calçadas do Centro eles valiam muito menos: quem pagasse entre R$ 300 e R$ 500, levava um modelo. Alguns ainda estavam guardados nas caixas.
De acordo com o delegado Cláudio Vieira, que comandou a ação, pelo menos duas pessoas — que seriam donos dos boxes —, foram indiciadas. O policial informou ainda que vai tentar rastrear a procedência de cada celular apreendido.
Além do Camelódromo, os agentes atuaram em pequenos shoppings nas ruas no entorno para desarticular quadrilhas que compram aparelhos roubados e os revendiam sem notas fiscais. Ainda segundo policiais, os locais serviam como ponto para a revenda de produtos roubados.
“Sempre que viemos aqui, boa parte dos comerciantes fecham os boxes, o que impede a nossa ação e a localização dos produtos. Por isso instauramos um inquérito, para pedir a busca e apreensão nesses boxes. Vamos analisar cada objeto para descobrir a sua origem”, garantiu Cláudio Vieira.
