Rio - Uma disputa envolvendo cifras milionárias e quebra de contrato virou caso de polícia, na noite da última quinta-feira. Na ocasião, Cosme Menezes, conhecido no mundo da música como Cosminho, que trabalha com os grupos Tá Na Mente e Clareou, foi agredido dentro de um posto de gasolina, na Rua Tirol, na Freguesia, na Zona Oeste.
Integrantes do Clareou acusam o ex-empresário, identificado como Allan Aguiar, como autor da agressão. Eles afirmam também que o suspeito ligou para Cosminho e o atraiu para uma emboscada no posto. Segundo o registro de ocorrência, que foi feito por outro empresário da banda, Cesinha, Allan ainda teria obrigado Cosminho a assinar um termo de confissão de dívida de R$ 4 milhões. A vítima, no entanto, se negou, dizendo que iria tratar a situação na Justiça. Diante da negativa, Cosminho, então, apanhou de Allan e mais oito homens.
Além da fortuna, o documento ainda pedia a transferência de dois carros de Cosminho para Allan, um Renault Sandero e um New Beetle — este último foi levado na quinta após as agressões. A vítima também ficou sem seus cartões e outros documentos.
“Allan descumpriu todas as cláusulas do contrato que foi firmado entre ele e Clareou. Outro ponto é que Cosminho e outro empresário (Cesinha) fariam parte do contrato e foram excluídos por Alan, o que tornou impossível a continuidade do contrato. É claro que já houve a rescisão, por descumprimento do contrato por parte do Alan”, explicou o advogado do grupo, José Estevam Macedo Lima. O caso foi registrado ontem na 14ª DP (Leblon) como lesão corporal grave, ameaça e exercício arbitrário das próprias razões. No entanto, já foi transferido para a 41ª DP (Tanque).
Procurado pelo MEIA HORA, Allan chegou a atender o telefone uma vez, mas alegou estar no elevador e pediu para retornar. Depois, não atendeu mais os telefonemas feitos pela reportagem. No Instagram, ele postou o que seria um desabafo. “Vacila com a pessoa certa, que a errada te ensina como dói”, escreveu o ex-empresário do grupo.
“Nosso medo é que Allan tente fazer algo conosco. Isso é uma maneira de nos precaver do que pode acontecer”, contou um integrante do Clareou, que não quis se identificar.
