Por bianca.lobianco

Rio - Passageiros de um ônibus da linha 125 (Central - General Osório) passaram momentos de pânico na manhã deste domingo, em Copacabana. Um homem fez refém, por 40 minutos, a técnica de enfermagem Leila Lima, de 26 anos. Dentro do veículo havia outras 15 pessoas, que não sabiam se o acusado estava ou não armado.

Homem que sequestrou um ônibus e fez uma passageira refém apenas queria a presença da imprensaDivulgação

Testemunhas relataram que Anderson Pinheiro dos Santos, 31, disse que não iria matar nem assaltar ninguém — ele só exigiu que chamassem a imprensa para libertar a jovem. O acusado se entregou após a chegada da polícia.

Leila voltava do trabalho quando pegou o ônibus na Avenida Nossa Senhora de Copacabana, rumo a Central, às 10h. Anderson já havia embarcado e estava desarmado. O acusado puxou a vítima pela cintura e a levou para o banco traseiro.

Leila tinha saído do trabalhoJoão Laet / Agência O Dia

“Ele agarrou a moça e botou ela sentada no colo dele. Como escondeu a mão na roupa, não sabíamos se tinha arma”, contou o motorista Edson Pacheco. Segundo ele, o acusado parecia estar sob efeito de drogas e chegou a dar números de telefones para os quais passageiros deveriam ligar e chamar a imprensa.

A delegada da 12ª DP (Copacabana), Thaiane Moraes, contou que a vítima avisou o que estava acontecendo à família pelo celular e os parentes acionaram o 190. O ônibus foi cercado por PMs na esquina da Rua Hilário de Gouveia, a poucos metros da delegacia. Policiais civis negociaram a rendição por 20 minutos. Ninguém ficou ferido.

“Ele avisou que não ia machucá-la e que não queria nenhum bem material. Ele já tinha deixado umas dez pessoas saírem e ficaram seis no ônibus”, disse a delegada. Anderson não revelou por que queria a imprensa. O acusado foi indiciado por cárcere privado e por impedir a circulação de transporte público. Ele já tinha passagem por roubo a ônibus.

A técnica de enfermagem se lembrou do sequestro do ônibus 174, que completa 15 anos no dia 12. “Achei que não fosse sair viva dessa. Fiquei com medo, mas está tudo bem”, desabafou Leila.



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