Por paloma.savedra

Rio - O consórcio Elmo-Azvi, responsável pelas obras do bondinho de Santa Teresa, poderá ter o contrato com o governo do estado cancelado se não cumprir dentro de um mês metas definidas ontem. O secretário estadual de Transportes, Carlos Roberto Osório, afirmou nesta quarta-feira que, caso o cronograma não seja cumprido, uma nova licitação será aberta para a escolha de outra empresa. Se isso acontecer, os moradores vão demorar ainda mais para ter o transporte de volta.

Entrega de bondes de Santa Teresa é adiada 

O secretário deu prazo até 9 de julho para a instalação de trilhos chegue ao Largo dos Guimarães, no centro de Santa Teresa, e para que o trecho entre o Largo da Carioca e o Largo do Curvelo esteja pronto para início das operações. As intervenções começaram em novembro de 2013 e a previsão inicial era de que o bonde voltaria a funcionar até a Copa do Mundo, realizada em junho de 2014.

Segundo bonde que vai circular em Santa Teresa chega à Estação Carioca Divulgação

“Nós estamos muito insatisfeitos com o ritmo de trabalho da execução das obras do bonde de Santa Teresa. O governo do estado já multou, já notificou e já tomou todas as providências administrativas que o contrato de licitações exige. No caso de descumprimento dessa meta, infelizmente vamos cancelar esse contrato de obras”, declarou Osório.

Segundo o secretário, a suspensão do contrato pode deixar as obras paradas por pelo menos três meses. Essa é a previsão estimada para a realização da nova licitação caso não haja intecorrências no processo. Osorio preferiu não informar uma nova previsão de conclusão das obras, já que o concórcio vem atrasando todos os prazos.Ainda segundo ele, o ritmo das obras continuava inadequado ontem.

“Como não existe um segundo colocado nessa licitação, o cancelamento ensejará a necessidade de fazer uma nova licitação. Estamos apertando o consórcio e esperamos que ele tenha a possibilidade de executar as obras no tempo, porque os moradores de Santa Teresa estão no limite e o governo do estado também”, concluiu o secretário.

O DIA não conseguiu localizar representantes do consórcio Elmo-Azvi até a publicação desta reportagem.

O bonde de Santa Teresa parou de funcionar em 27 de agosto de 2011, quando um bonde descarrilou, deixando seis pessoas mortas e 48 feridas. O laudo da perícia constatou que uma falha no sistema de freios e falta de manutenção causaram o desastre. O governo realiza obras de reconstrução num trecho de 14 quilômetros ao todo.

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