Por bianca.lobianco

Rio - Uma força-tarefa formada por jovens voluntários vai levar atendimento da Cruz Vermelha a 30 municípios brasileiros. Parte dessa tropa será formada por cariocas que já estão de malas prontas para assistir populações carentes na Bahia, Ceará e Maranhão. Um outro pelotão virá para o Rio.

O segundo estado mais rico do país receberá a ajuda de universitários de Medicina, Odontologia, Enfermagem e mais nove áreas. Vão percorrer Miracema, Laje do Muriaé, Varre Sai, Natividade, Itaperuna, Campos dos Goytacazes, Quissamã, Conceição de Macabu, Carapebus, Macaé, Italva e Cardoso Moreira.

Grupo de universitários de 12 áreas integrarão uma força-tarefa para levar doações e serviços a comunidades de baixa renda em 30 cidadesDivulgação

A entidade está cadastrando estudantes de nível superior para participar da primeira operação Cruz Vermelha Viva. Os 250 jovens receberão alimentação e hospedagem das prefeituras locais, além de transporte e ajuda de custo. O presidente da Cruz Vermelha no Rio, Luiz Alberto Sampaio, explica que a maior parte das cidades escolhidas apresenta um baixo Índice de Desenvolvimento Humano (IDH).

“Os alunos, acompanhados de instrutores, vão poder colocar em prática o que aprenderam em suas faculdades”, diz Sampaio. Antes de partirem no dia 16 de julho, os estudantes vão participar de um treinamento. A operação termina no dia 1º de agosto. Participam alunos de Direito, Biologia, Nutrição, Pedagogia, Psicologia, Comunicação, Serviço Social, Educação Física e Fonoaudiologia.

Para os marinheiros de primeira viagem, a missão é cercada de expectativas. “Já estive em vilas na Índia, atendendo famílias bem pobres e agora estou tendo a oportunidade de conhecer o interior do Brasil, fazendo um trabalho parecido”, conta Gaya Frazão Nery, de 22 anos, estudante de Ciência Sociais da PUC-Rio.

Gestor de Juventude da Cruz Vermelha, Thiago Matias atuou em 2011 no Projeto Rondon, em São José do Vale do Rio Preto. “Foi um grande marco na minha vida ter que transformar dez indivíduos em uma equipe, passando por cima de problemas e diferenças. É o grande ‘big brother’ da vida real”, diz o estudante de Relações Internacionais.

Para esses jovens, a falta de remuneração e o trabalho durante o período de férias são compensados pela satisfação pessoal. “O pagamento é feito de outro jeito, na forma de aprendizado para a vida. Essa experiência de alguns dias em contato com essas famílias não tenho em um ano de faculdade. É gratificante saber que você conseguiu melhorar a vida de alguém”, reconhece Bruno Alencar, de 26 anos.

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