Por tiago.frederico

Rio - A Câmara Municipal do Rio de Janeiro aprovou, na noite desta quinta-feira, projeto de lei que tomba, para fins de preservação histórica e cultural, o nome “Copacabana Palace”, do hotel situado na Avenida Atlântica, em Copacabana, na Zona Sul da cidade. Na próxima semana, o texto será encaminhado ao prefeito Eduardo Paes, que pode vetar ou sancionar o projeto.

Adquirido da família Guinle em 1989 pelo grupo Orient Express, o hotel passaria a se chamar Belmond Copacabana. Belmond seria o novo nome do braço hoteleiro do Orient Express que iria investir US$ 15 milhões na campanha de marketing para divulgar mundialmente o novo nome de sua coleção de hotéis. Pensando em outras ações imobiliárias, o vereador Dr. Jorge Manaia (SDD) fez o projeto de lei, que segue agora para o prefeito Eduardo Paes.

Hotel Copacabana PalaceAlexandre Vieira / Agência O Dia

“O nome do Hotel Copacabana Palace constitui-se em um patrimônio brasileiro, e, mais especificamente, carioca, que está sendo ameaçado por questões comerciais, às quais entende-se serem importantes, mas que de nenhuma maneira podem sobrepujar o seu valor histórico, cultural e, até mesmo sentimental, de que é revestido para o povo carioca”, disse Dr. Jorge Manaia.

Em abril deste ano, o juiz Cláudio Augusto Annuza Ferreira, da 9ª Vara de Fazenda Pública, negou o pedido de Omar Resende Peres Filho, feito através de ação popular, para impedir a mudança do nome do Hotel Copacabana Palace para Belmond Copacabana Palace.

“Os grandes hotéis do mundo são associados a operadoras de renome internacional, sendo descabido que o proprietário do 'Copa' seja impedido de associar o nome do hotel a uma das maiores operadoras do mercado hoteleiro, sob pena de pôr em risco a própria finalidade pública no tombamento, o qual busca evitar a descaracterização ou destruição do patrimônio protegido”, explicou o juiz na sentença.

Como aguardaram o resultado da sentença para mudarem o nome do hotel, os réus do processo, o grupo Belmond Brasil Hotéis S/A, o Estado e o Município do Rio de Janeiro, não serão mais obrigados a pagar uma multa de R$ 500 mil, que havia sido estipulada, no caso do não cumprimento da ordem judicial.

Você pode gostar