Por paloma.savedra

Rio - A Justiça do Rio decretou, nesta sexta-feira, a prisão temporária — de 30 dias — do suspeito de matar o policial da Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) São Carlos, Tarsis Doria Noia, de 40 anos, na quinta-feira. O homem foi identificado como Denner de Almeida Barros. A Polícia Civil informou que as diligências estão sendo realizadas para localizá-lo e para apurar o envolvimento de outros criminosos no caso. 

Leia mais:

Policiamento no São Carlos segue reforçado após morte de policial

PM morre após ser baleado no São Carlos

Na corporação desde dezembro de 2001, o terceiro sargento da PM Tarsis estava na UPP São Carlos desde outubro de 2014. O militar foi atingido por um tiro quando passava em um beco. Ele seguia para uma padaria, onde iria comprar café da manhã para a corporação, pouco antes de assumir o trabalho. Tarsis estava acompanhado de outro policial, que reagiu, mas o suspeito conseguiu fugir.

Tarsis Doria Noia estava na PM desde 2001 e começou a trabalhar na UPP São Carlos em 2014WhatsApp O DIA (98762-8248)

Policiais contaram que Tarsis chegou a ser levado ao Hospital Central da Polícia Militar (HCPM), que fica próximo da comunidade, por volta das 8h05, já em parada cardíaca. Médicos teriam tentado reanimá-lo, mas ele não resistiu aos ferimentos e morreu. O sepultamento será realizado nesta tarde, em Sulacap. 

Após a morte do PM, o policiamento foir eforçado no São Carlos. Nesta sexta-feira, o Batalhão de Ações com Cães (BAC) realiza operação na comunidade. 

Guerra de facções deixa clima tenso

Um policial que trabalhava com Tarsis e que preferiu não se identificar elogiou o trabalho do PM e disse que o clima na comunidade piorou após a guerra de facções envolvendo traficantes do Morro do São Carlos e da Coroa. "O clima na comunidade piorou muito depois daquela guerra de facções. A situação ficou muito estranha. Ele (Tarsis) era uma pessoa boa, tranquila", disse.

Através do WhatsApp do DIA (98762-8248), um policial que preferiu não se identificar, contou como ocorreu o fato. "Em todo serviço, eles iam... cada um era responsável por comprar o café. Ele foi comprar o café, papo de 200 metros depois do contêiner do Querosene, foi comprar o café. Os colegas falou (sic) que escutou o tiro. Quando chegou, ele ainda estava com vida para socorrer ele. O tiro foi de 9 no peito. Atravessou as costas dele e dilacerou o coração dele todinho. Já chegou no HCPM sem vida...", relatou.

Após o episódio, o policiamento foi reforçado na região e equipes do Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope) estão na comunidade realizando ações de vasculhamento. A Divisão de Homicídios da Capital (DH) vai investigar o caso.

O terceiro sargento Tarsis era casado e deixa dois filhos. 

Você pode gostar