Por adriano.araujo

Rio - No rastro da violência estão as armas de fogo, que apresentaram aumento no número de apreensões em 2015, segundo relatório apresentado pelo Instituto de Segurança Pública (ISP). De acordo com o levantamento, são apreendidos 22 armas por dia, sendo um fuzil, 10 pistolas e 11 revólveres.

Ainda de acordo com o ISP, das 3.989 armas de fogo apreendidas no estado nos primeiros cinco meses do ano, 1.683 eram revólveres, representando 42% do total. Já 1.533 eram pistolas (39%), enquanto os fuzis representam apenas 4%, com 174 apreensões. Metralhadoras e submetralhadoras tiveram 49 apreensões (1%) este ano.

Somente pistolas e revólveres representam 81% de todas as apreensões do estado. De janeiro a maio desse ano, o número de armas de fogo apreendidas apresentou um aumento de 11% em relação ao mesmo período do ano anterior, totalizando 383 armas a mais.

Segundo o relatório, as pistolas tiveram um aumento de 35% quando comparado aos cinco primeiros meses de 2014, ou seja, 309 armas fora de circulação. Já os fuzis tiveram um aumento de 51% no mesmo período com  59 armas a menos nas mãos do crime.

Cerca de 50% das pistolas apreendidas (1.533) ocorreram nas Áreas Integradas de Segurança Pública (AISP) 7 (São Gonçalo), 9 (Rocha Miranda, Coelho Neto e Madureira), 12 (Niterói e Maricá), 14 (Bangu e Senador Camará), 15 (Duque de Caxias), 20 (Nova Iguaçu, Mesquita e Nilópolis), 25 (Cabo Frio, Saquarema e Armação de Búzios) e 41 (Vicente de Carvalho, Costa Barros, Acari e Ricardo de Albuquerque).

Já a capital concentrou a maior parte das apreensões de fuzis em 2015, com 72% das apreensões. Das 174 apreensões de fuzis no estado nos primeiros cinco meses do ano, 56% foram concentradas nas AISP 3 (Água Santa, Tomás Coelho e Piedade), 9 (Rocha Miranda, Coelho Neto e Madureira), 14 (Bangu e Senador Camará) e 41 (Vicente de Carvalho, Costa Barros, Acari e Ricardo de Albuquerque). Todos os bairros mencionados acima possuem comunidades que ainda não foram contempladas com Unidades de Polícia Pacificadora, segundo o ISP, como os complexos do Dezoito, da Serrinha, de Senador Camará, do Chapadão, Juramento e Pedreira, que vivem uma intensa disputa de territórios por criminosos.

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