Por felipe.martins

São Paulo -  Oficialmente, a 12ª Convenção Nacional do Partido da Social Democracia Brasileira (PSDB) neste domingo, em Brasília, vai eleger seu presidente, além dos dirigentes dos conselhos de Ética, Fiscal e Político. Mas o que estará verdadeiramente em jogo a partir das 8h é a batalha nos bastidores para decidir quem será o candidato à Presidência em 2018, quando a oposição prevê que o Partido dos Trabalhadores chegará em frangalhos. Por debaixo dos panos, Aécio Neves, que será reconduzido à presidência tucana, e o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, se armam para disputar a indicação, que só acontecerá em 2017.

Alckmin, reeleito governador de São Paulo ano passado, advoga o direito de enfrentar Dilma, após abrir mão da candidatura para Aécio em 2014. Já o senador mineiro acena com os 48,3% dos votos válidos no último pleito, ou 51 milhões de votos, para garantir que vencerá, se for o candidato do maior partido de oposição.

Aécio (à frente) recebeu o apoio de Alckmin na última disputa%2C e quer nova chance para concorrer Murillo Constantino / Agência O Dia

“Vamos encerrar esse ciclo perverso de governo do PT e iniciar um outro, virtuoso, onde haja responsabilidade fiscal, desenvolvimento econômico e, principalmente, avanços sociais”, disse Aécio, em mensagem convocando os tucanos a participarem da convenção.

Já Alckmin, que tem um discurso mais moderado em relação ao de Aécio Neves, que chegou a defender o impeachment da presidenta Dilma Rousseff, centralizará sua fala nas causas da crise que está vivendo o país. A idéia do governador, que falará antes de Aécio, é reafirmar que não tem interesse no “quanto pior, melhor”, discurso muito usado e defendido pelo ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (1994/2002).

Alianças para enfraquecer o PT em 2016

Uma das estratégias de Aécio, que será reconduzido à presidência do partido, cargo que ocupa desde maio de 2013, é apostar em alianças nos municípios. A estratégia do senador mineiro é enfraquecer ao máximo o PT, para que o partido de Dilma perca capilaridade e chegue ainda mais fraco nas eleições presidencias. Para tanto, está disposto a abrir mão de candidaturas próprias em 2016. Aécio defende que o partido se alie antes mesmo do primeiro turno aos candidatos mais fortes, e garanta palanques para o PSDB na campanha para presidente.

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