Por nicolas.satriano

Rio - A devassa no Batalhão de Operações Especiais (Bope) para investigar corrupção vai ser feita também em outras unidades especializadas da Polícia Militar pela Corregedoria da corporação. O objetivo é fechar o cerco a oficiais responsáveis por repartir quantias em dinheiro apreendidos em operações, mas não apresentadas em delegacias. Quinta-feira, foram cumpridos mandados de busca e apreensão na sede do Bope, em Laranjeiras, e nas casas de seis policiais suspeitos.

O principal objetivo era checar a denúncia do desvio de mais de R$ 1 milhão apreendidos em operação no Morro da Covanca, mês passado, numa ação conjunta do Bope e dos batalhões de Choque, de Ações com Cães e Grupamento Aeromóvel. Na casa do soldado Flávio da Silva Alves, em São Gonçalo, foram encontradas granadas, frascos de spray de pimenta e uma pistola irregular.

Corregedoria recebeu denúncia de desvio de dinheiro apreendido por agentes do Bope em operaçãoSeverino Silva / Arquivo Agência O Dia

Outro endereço vasculhado foi o do major João Rodrigo Sampaio, chefe do Serviço Reservado (P2), da Tropa de Elite da PM. Um subcomandante da unidade também é investigado. Antes, ele trabalhou na Coordenadoria do Serviço de Inteligência (CSI) do Ministério Público.

Os agentes da Corregedoria da PM investigam ainda o vazamento de informações sobre a operação que foi feita no Bope, quinta-feira. Nada foi encontrado nos armários dos policiais, por exemplo. O sigilo era fundamental para o sucesso da ação que, apreendeu apenas R$ 67 mil em dinheiro.

Investigações colocam o Bope na berlinda. O sargento Arlen Santos da Silva, de 43 anos, quando lotado na unidade, treinava até homens da quadrilha do traficante Marcelo das Dores, o Menor P, preso ano passado. Arlen teria levado até um traficante do bando de Menor P para comprar uniformes.

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