Por adriano.araujo

Rio - Sobrevivente do assalto que deixou um morto dentro da estação de metrô da Uruguaiana, no Centro do Rio, Diogo, de 34 anos, falou pela primeira vez sobre os momentos de terror que os usuários que estavam no local viveram, na última sexta-feira. Ele, que foi atingido na perna, ainda permanece internado se recuperando do tiro que levou.

“Um tumulto, todo mundo correndo, eu corri também. E me escondi atrás de uma catraca e fiquei ali no chão, esperando ser atendido. Minha perna saindo muito sangue e eu vi que eu fui atingido pela quantidade de sangue que saía na minha perna... Ainda passei a mão no corpo todo pra ver se tinha mais algum ferimento e fiquei ali esperando o atendimento, né. Todo mundo correndo, em pânico, pessoas passando mal. Assustador”, disse ele, em entrevista ao Bom Dia Rio, da TV Globo.

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Sobrevivente de assalto dentro de metrô da Uruguaiana levou um tiro na perna e segue internadoReprodução TV Globo

Diogo disse que não tinha o hábito de utilizar o metrô e optou pelo transporte naquele dia para chegar mais rápido em casa e dar suporte à esposa, que estava passando mal. “Desci no metrô e fui comprar o bilhete pra vir embora, pra acompanhar ela. Aí nisso que eu comprei a passagem, o bilhete, nisso que eu me virei, eu escutei um barulho e senti que eu tinha tomado um tiro na perna”, lembrou.

No assalto, o auxiliar de serviços gerais Alexandre de Oliveira, de 46 anos, foi morto atingido por dois tiros, que o atingiram no peito e pescoço. Os três criminosos levaram uma bolsa com dinheiro que ele carregava. O terceiro tiro disparado por um dos assaltantes atingiu Diogo.

Três suspeitos são procurados por participar de ação que resultou na morte de Alexandre Oliveira%2C 46 anos%2C na estação de metrô da UruguaianaWhatsApp O DIA (98762-8248)

“Quando eu olhei minha perna e eu vi um buraco na minha calça e sangue saindo. Aí eu me dei conta que eu falei: ah, tomei um tiro. Aí eu chamando as pessoas pra me ajudar. Pedindo ajuda”, diz o rapaz.

O sobrevivente passou por cirurgia para a retirada da bala e se recupera bem, mas vai precisar fazer fisioterapia. Entretanto, ele afirma que a pior parte é trauma sofrido pelos momentos de terror. “O trauma, só Deus sabe. Vai ser muito difícil recuperar a vida normal”, confessou.

Emocionado, ele diz que a única coisa que passou na sua cabeça no momento em que foi atingido foram seus filhos e sua esposa, e que teve medo de morrer. Ele disse que quando chegar em casa vai abraçar seu filhos e dizer que os ama. 

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