Por adriano.araujo

Rio - Cercada de malas e em clima de despedida, a estudante de Medicina Juliana Feitosa, de 20 anos, não escondeu o entusiasmo com a viagem para Macaé, mesmo que isso lhe custe passar o aniversário longe da família pela primeira vez. “Espero poder ajudar as pessoas que não tem muitos recursos”, explicou a carioca, que quer ser médica itinerante. Juliana e outros 220 jovens universitários embarcaram hoje para atuar como voluntários em 27 cidades carentes nos estados do Rio, Bahia, Ceará e Maranhão, pelo projeto Cruz Vermelha Viva.

A avó, Aída Coelho, de 71 anos, incentivou Juliana a se inscrever para a triagem e para o curso de capacitação, que duraram três meses. “Quando ela nasceu, ficou dias na UTI. Os médicos não deram muita esperança e ela está aqui. Minha neta sempre mostrou essa vontade de salvar vidas”, elogiou.

Integram a caravana ainda estudantes do Piauí, Santa Catarina, São Paulo, Bahia e Rio Grande do Sul. Aluna do curso de Direito, Gabriella Santos, 22 anos, veio de Florianópolis para atuar em Paracambi. “Quero mostrar os direitos e deveres do cidadão”, enfatizou. Já a estudante de Odontologia Tarsila Cerqueira, 25, chegou de Teresina (PI), e espera lidar com diferentes públicos.

Os participantes têm alimentação e hospedagem das prefeituras, transporte e ajuda de custo. Cada um leva uma muda de planta e sacola de roupas para doar. Segundo o presidente da Cruz Vermelha no Rio, Luiz Alberto Sampaio, as equipes foram montadas de acordo com as necessidades dos municípios. “Buscamos levar universitários para o trabalho voluntário em áreas carentes, para que conheçam a realidade”, afirmou Sampaio. No Estado do Rio, os universitários vão para Miracema, Laje do Muriaé, Varre- Sai, Natividade, Itaperuna, Campos dos Goytacazes, Quissamã, Conceição de Macabu, Carapebus, Macaé, Italva e Cardoso Moreira.

Reportagem da estagiária Clara Vieira

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