Por felipe.martins

Rio - Policiais da Delegacia Antissequestro (DAS) prenderam em flagrante na manhã de quarta-feira quatro suspeitos de integrar uma quadrilha que aplicava o golpe do falso sequestro. Parte do bando já estava presa e comandava as ações do interior de um presídio em Campos, no Norte Fluminense. Cinco dos acusados eram da mesma família e obrigaram um idoso de 80 anos a fazer depósito de R$ 12 mil em conta bancária de Cabo Frio, na Região dos Lagos. Apenas parte do dinheiro foi recuperado.

Foram presos: Alcinéia Sales de Lima, de 45 anos, Carlos Roberto de Lima, 56, Layde Paula dos Santos Conceição, 26, e Marinéia Gonçalves, 50, acusados de extorsão qualificada. Segundo investigadores, eles seriam parentes de Sergio Henrique Gonçalves Silva, 25, apontado pela polícia como chefe da quadrilha. Sérgio e outras quatro pessoas já estavam presas e responderão pelo mesmo crime. São elas: Cristiano Maurício de Castro, 38, Denilson Rodrigues Laje Filho, 28, Flavio da Silva Alves, 36 e Thiago Paranhos Barroco, 30.

De acordo com o delegado Eduardo Soares, assistente da especializada, os cinco acusados — que já cumpriam prisão em penitenciária de Campos — ligavam para vítimas, simulando que parentes estariam sob o poder de criminosos.

Ainda segundo o delegado, na última sexta-feira, um idoso recebeu uma ligação dos golpistas, que diziam ter sequestrado o filho da vítima e exigiram dinheiro para libertá-lo. A vítima desconfiou e acionou a Delegacia Antissequestro, que monitorou as negociações.


Vítima de golpe passa por momentos de pânico

Morador da Tijuca, o idoso que caiu no golpe do falso sequestro, entrou em pânico ao ser informado pela quadrilha que seu filho, que vive em Minas Gerais, estaria em poder de criminosos. “Mandaram ele desligar o telefone entre 21h de sexta-feira até às 8h de sábado, enquanto o depósito não era feito. Um casal sacou R$ 5 mil e iria agendar outro saque, quando o banco nos acionou”, afirmou o delegado Eduardo Soares.

Ainda segundo o policial, o bando teria tentado extorquir um valor mais alto antes de simular a libertação do falso refém. “O valor inicial era de R$ 100 mil e depois caiu para R$ 12 mil. O dinheiro foi sacado e depositado em quatro contas de parentes de um já preso”, afirmou o delegado.

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