Por tiago.frederico

Rio - O governador Luiz Fernando Pezão disse, na manhã desta quarta-feira, que não vai medir esforços para que os quatro policiais presos por extorsão paguem pelos crimes que cometeram. "Fico entristecido porque um policial que comete um deslize desses mancha toda a corporação. Não vamos ter complacência com quem cometer esse tipo de deslize. Estamos vigilantes", afirmou, em visita à 1ª Companhia Integrada de Polícia de Proximidade (CIPP) do 6º BPM (Tijuca).

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Em conversa com jornalistas, comerciantes e moradores, Pezão falou sobre a redução da criminalidade na região da Grande Tijuca desde que a unidade foi instalada no Grajaú. "Em cinco meses, houve uma queda de 18,7% nos crimes totais da região do 6º BPM. Foram 231 casos neste período. A letalidade violenta reduziu 50%, foram dois casos. O número de roubos de veículos diminuiu 45,2%, totalizando 40 registros", disse o governador. O efetivo da companhia é de 120 policiais militares que fazem ronda a pé, nas quatro motocicletas e dez viaturas que a unidade possui.

"Esse tipo de polícia é importante porque o policial acaba tendo muita proximidade com as pessoas, conhece elas pelos nomes e isso facilita para terminar com a violência no bairro. O policial tem um cartão com o número do seu celular que ele dá aos moradores para melhorar a comunicação. Essa ideia foi inspirada nas UPPs", comentou.

Como adiantou a coluna Informe do DIA, em fevereiro, o relações públicas da Polícia Militar, coronel Frederico Caldas, anunciou que as próximas bases da Polícia de Proximidade serão implantadas em Niterói. "Serão inauguradas em Icaraí e em Santa Rosa no segundo semestre deste ano", disse o coronel, afirmando que as duas unidades "só estão dependendo da construção das bases" para serem abertas. "Já temos um efetivo disponível", pontuou.

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De acordo com Caldas, além do Grajaú, que foi o primeiro bairro a receber este modelo de policiamento, a Tijuca também terá a sua unidade. "A Universidade Cândido Mendes vai fazer uma avaliação dos primeiros seis meses da Polícia de Proximidade. A partir dos resultados, vamos multiplicar essa política pelos bairros do Rio e por todo o Estado", adiantou, acrescentando: "Vamos implementar essas bases em todos os batalhões do Rio até 2018".

Questionado sobre as frequentes críticas de que os novos policiais estão indo apenas para as Unidades de Polícia Pacificadora (UPP), deixando de atuar nas ruas, o governador se defendeu: "Estamos formando seis mil policiais que serão colocados nas ruas de São Gonçalo, Niterói e de toda a Baixada". Pezão ainda comentou sobre os casos de assaltos na região do Centro do Rio. "O problema são os menores apreendidos que entram por uma porta da delegacia e saem por outra", disse o governador, lembrando do caso de um jovem que foi apreendido 15 vezes pelo mesmo delito.

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