Por paulo.gomes

Rio - Integração é a palavra que, segundo os principais nomes envolvidos no esquema especial de segurança para os Jogos Olímpicos 2016, moverá o efetivo de até 85 mil homens e mobilizará 30 instituições diferentes. O anúncio foi feito nesta quinta-feira, durante entrevista coletiva da Comissão Estadual de Segurança Pública e Defesa Civil para os Jogos Rio 2016. O aparato de inteligência começará a ser posto em prática bem antes do início da competição: além dos 44 eventos-testes que já foram iniciados, a cem dias da abertura, inicia-se o revezamento da tocha olímpica que deve ser seguido de perto.

Comissão Estadual de Segurança Pública e Defesa Civil para os Jogos Rio 2016 falou nesta quinta-feira sobre o aparato de segurança nas OlimpíadasEstefan Radovicz / Agência O Dia

"Sediaremos um outro nível de evento, nunca visto no Brasil. É como se fossem 65 Copas do Mundo sendo realizadas ao mesmo tempo. Com um número muito maior de delegações", justificou o General do Ministério da Defesa Luiz Felipe Linhares.

De acordo com ele, os trabalhos em parceria com a Agência Brasileira de Inteligência (Abin) concentram esforços especiais nos eventos de abertura e encerramento da Olimpíada e Paralimpíada, além de possíveis ações de grupos extremistas ou terroristas.

"O terrorismo ganha um programa de ação própria com estudos de avaliação de risco realizados e um centro de inteligência próprio", afirma o representante da Abin, Saulo Moura.

Do total, 47.500 homens da Força Nacional de Segurança devem ser mobilizados para resguardar as instalações olímpicas, como Vila dos Atletas e locais de prova e treino.

A Polícia Militar contará com 18.500 homens, enquanto a Polícia Federal dispenderá 3.500. Dois mil policiais rodoviários federais também devem trabalhar no esquema. O investimento final deve superar 1,5 bilhão em segurança.

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