Rio - Niterói começou a usar ontem os primeiros equipamentos de uma série que será instalada contra a violência. A principal novidade são os 80 botões de pânico, que funcionarão na estação das barcas, no terminal rodoviário, na Universidade Federal Fluminense (UFF), nos conjuntos do Minha Casa, Minha Vida e em outros pontos considerados estratégicos. O equipamento será acionado por guardas municipais ou policiais treinados para convocar mais forças de segurança de forma rápida.
A medida foi anunciada nesta segunda-feira durante a inauguração do Centro Integrado de Segurança Pública (Cisp) de Niterói, que funcionará em Piratininga, na Região Oceânica. O sistema de monitoramento e identificação de placas de carros que entram e saem do município será uma das atuações do Cisp. Outra novidade é a utilização de smartphones por alguns guardas municipais para avisar ao centro sobre algum ato violento. O aparelho funcionará como um botão de pânico móvel.
“O centro vai facilitar as tomadas de decisões da polícia, já que tudo vai ficar centralizado. Veremos daqui a algum tempo os resultados práticos”, explicou o secretário de Segurança, José Mariano Beltrame. O governador Luiz Fernando Pezão destacou que, em cidades cujos centros de controle têm um potencial menor do que o que está sendo instalado em Niterói, os índices de violência chegaram a baixar de 30% a 40%.
O Cisp conta hoje com 200 câmeras de monitoramento instaladas nos principais corredores da cidade. Até o fim do ano que vem serão 600. O investimento foi de R$ 20 milhões. “A intenção é reduzir os índices criminais. E queremos um batalhão exclusivo”, lembrou o prefeito de Niterói, Rodrigo Neves. O 12º BPM também atende Maricá.
Ainda segundo o prefeito, o aumento do efetivo policial é de suma importância para que os níveis de violência caiam. Nos seis primeiros meses de 2014, o número de pedestres assaltados foi de 1.907. Neste ano, caiu para 1.681. “Queremos no mínimo ter 1.300 policiais na cidade. Há dois anos, tínhamos 650, e agora há 1.100”, frisou.
A aposentada Jorgina Nunes, 68 anos, espera que os assaltos a pedestres diminuam. “Muitas pessoas com quem convivo estão sendo roubadas. Espero que a situação melhore agora”, observou, esperançosa. Volta Redonda, no Sul Fluminense, conta desde outubro do ano passado com um sistema de monitoramento de veículos roubados. O projeto ‘Cidade Protegida, Cidadão Mais Seguro’ funciona com 120 câmeras filmando placas de veículos, para localizar os roubados após denúncias. Tudo funciona em tempo real, agilizando o trabalho da polícia.