Rio - A Defensoria Pública do Rio encaminhou ofício à Delegacia da Criança e do Adolescente Vítima (DCAV), nesta segunda-feira, pedindo a apuração da apreensão de adolescentes em blitz da Polícia Militar sem cometimento de ato infracional ou ordem judicial neste fim de semana. O órgão também pediu à PM que informe o nome do responsável pela blitz. Além disso, cobrou explicações da Prefeitura sobre a operação que cumilnou no encaminhamento desses menores para o Centro Integrado de Atendimento à Criança e ao Adolescente (Ciaca) no fim de semana.
Para isso, representantes da Defensoria Pública se reuniram na tarde desta segunda-feira com o vice-prefeito e secretário de Desenvolvimento Social do Município do Rio de Janeiro, Adílson Pires, na sede da Prefeitura. Mais de 150 adolescentes foram impedidos de ir à praia após os ônibus em que estavam serem abordados em blitz da Polícia Militar, em Botafogo.
De acordo com a titular da Coordenadoria de Defesa dos Direitos da Criança e do Adolescente (Cdedica) da Defensoria, Eufrásia Maria Souza das Virgens, as informações solicitadas serão juntadas ao pedido de Habeas Corpus preventivo em favor de adolescentes para evitar que sejam abordados salvo na hipótese de ato infracional. A solicitação encontra-se na Vara da Infância, da Juventude e do Idoso da Capital.
“Queremos obter o máximo de informações e fundamentar nossa alegação. Eles não estavam cometendo ato infracional. Queremos saber quem determinou a blitz e a abordagem”, disse a defensora pública, que afirmou esperar resposta da Prefeitura ainda nesta semana.
Também participaram da reunião com o vice-prefeito a defensora pública Daniela Calandra, da Cdedica, e o subsecretário de proteção Especial do município, Rodrigo Abel.