Por paulo.gomes

Rio - Agentes da Divisão de Homicídios de Niterói, São Gonçalo e Itaboraí (DHNSGI) realizam nesta terça-feira buscas por testemunhas e câmeras de segurança para tentar identificar os autores da morte de Eliana Guerreiro Mascarenhas, de 60 anos. Ela foi assassinada após o carro em que ela estava, ao lado do marido Roberto dos Santos Melandre, de 56, ser atingido por aproximadamente 39 tiros na noite de segunda, no bairro Amendoeira, em São Gonçalo, na Região Metropolitana. Ela morreu na chegada do Hospital Estadual Alberto Torres.

O carro do casal Eliana Guerreiro Mascarenhas e Roberto dos Santos Melandre foi atingido por 39 tiros na noite de segunda-feira%2C em São Gonçalo. Ela não resistiu e morreuReprodução / TV Globo

O crime aconteceu por volta das 23h, na Rua Felipe Mascarenhas, que curiosamente leva esse nome em homenagem ao bisavô de Eliana. Os policiais realizaram perícia no automóvel e no local e o corpo da vítima foi encaminhado para o Instituto Médico Legal (IML) de Tribobó. O local e a hora do sepultamento ainda não foram divulgados.

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Na porta da hospital, onde Roberto Melandre segue internado, Marcelo Mascarenhas, filho de Eliana, revelou sofreu duas tentativas de assalto na região em pouco tempo. "Tentaram me assaltar duas vezes, mas graças a Deus não aconteceu nada comigo. A gente mora no bairro há mais de 40 anos e nunca aconteceu isso. Mas, é o sistema que cada vez mais está acuando a população dentro de casa", diz.

Ele criticou a política de segurança pública do Rio de Janeiro: "A segurança pública maquiou o Rio de Janeiro para a Copa do Mundo, Olimpíadas e esqueceu o restante da população. E a vida segue. É mais uma vítima da impunidade", afirma.

Marcelo Mascarenhas revelou que a família estava fazendo planos para deixar o Rio de Janeiro com medo da violência. "Já estávamos conversando a respeito e tomando algumas decisões para poder sair daqui porque não está dando para sobreviver no Rio. A gente fica no meio de um fogo cruzado", afirma.

Segundo informações do 7ºBPM (São Gonçalo), as vítimas quando passaram por um grupo de aproximadamente dez bandidos em três carros e duas motos. Eles atiraram contra o veículo e fugiram sem levar nenhum pertence das vítimas. "Fiquei sabendo que ela estava descendo para pegar uma amiga num posto de gasolina e passou um bonde de bandidos e metralharam o carro", finaliza Marcelo Mascarenhas.

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