Por paloma.savedra

Rio - O tenente-coronel Rogério Figueiredo, comandante do 18º BPM, em Jacarepaguá, enviou nesta terça-feira equipes da unidade para garantir a segurança dos mototaxistas do Morro do Jordão, localizado entre a Taquara e o Tanque, na Zona Oeste. No último final de semana, os traficantes da região proibiram a circulação dos mototáxis na parte alta da favela sob ameaças de fuzilamento.

Os criminosos queriam se vingar dos motoristas que, antes do domínio do tráfico na área, pagavam uma taxa mensal para os milicianos, antigos “donos” do Jordão. Conforme o DIA noticiou na semana passada, a milícia vendeu o Jordão para o tráfico por R$ 3 milhões.

Mototaxistas pagavam taxa para milicianos. Traficantes não gostaram e proibiram o serviço de motosBruno de Lima / Agência O Dia

A proibição do serviço de mototáxi foi divulgada pelo DIA, a polícia aumentou o patrulhamento e o serviço dos mototaxistas voltou a funcionar ontem pela manhã. "A partir da denúncia do jornal, enviamos equipes da inteligência, além de reforço de patrulhamento ostensivo para garantir o direito das pessoas de ir e vir", explicou o oficial.

Segundo o comandante, o objetivo é prender o bando que dá as cartas atualmente na favela. As ações do tráfico no Jordão também estão sob investigação da 41ª DP (Tanque).

A guerra entre traficantes e milicianos no Morro do Jordão se arrastava desde novembro. Mês passado, moradores denunciaram que os paramilitares "venderam" o morro para integrantes do Comando Vermelho. Há uma semana, o DIA publicou a denúncia da negociação e que inquéritos foram instaurados pelas polícia Civil e Militar.

O secretário de Segurança, José Mariano Beltrame, confirmou que as ações do tráfico na comunidade estão sob a mira da polícia e prometeu devolver a tranquilidade na conflagrada Zona Oeste da cidade.

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