Por nicolas.satriano

Rio - Pelo menos 400 pessoas compareceram nesta tarde ao ato intitulado "A Cicuta é Nossa", promovido pela Comissão Ambiental Sul, em Volta Redonda, em defesa da Floresta da Cicuta. Considerada o "pulmão verde" do Sul Fluminense, a reserva, que tem 131,28 hectares de mata Atlântica, entre Volta Redonda e Barra Mansa, passou a pertencer à Companhia Siderúrgica Nacional (CSN) com a privatização da usina, acusada pelo Ministério Público Federal de tê-la abandonado. Em 2011, ela foi fechada à visitação pública.

"O ato foi um sucesso. O que mais nos surpreendeu, nos alegrou e nos deixou esperançosos nessa luta, foi o fato de que quase a metade dos participantes era composta por jovens, preocupados com a falta de compromisso da CSN com o meio ambiente", afirmou José Maria da Silva, o Zezinho, líder da Comissão Sul.

Manifestação pacífica reuniu 400 pessoasDivulgação

Durante o ato, o presidente da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) de Volta Redonda, Alex Martins, fez duras críticas à CSN e cobrou o gerenciamento da floresta por parte do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio).

Ele ficou de entregar pessoalmente abaixo-assinado, com pelo menos cinco mil assinaturas, nas próximas semanas, à ministra do Ambiente, Izabella Teixeira, exigindo que o ministério tome providências urgentes em relação ao assunto. No final do ato, ativistas, estudantes, e representantes do Sindicato dos Metalúrgicos, plantaram árvores nas imediações do ponto onde a CSN fechou as portas da mata ao público há quatro anos. Procurada, a direção da CSN não quis comentar o assunto.

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