Por paloma.savedra

Rio -  Morreu nesta sexta-feira, aos 73 anos, o jornalista e diretor-geral de Comunicação e de Difusão do Conhecimento (DGCOM) do Tribunal de Justiça do Rio, Joel Rufino dos Santos. Respeitado no mundo acadêmico, o escritor, que também era professor e historiador, teve complicações de uma cirurgia cardíaca realizada no dia 1º de setembro.

Joel Rufino deixa mulher, Teresa Garbayo, dois filhos e quatro netos. O corpo será cremado nesta sexta-feira ainda em cerimônia reservada a parentes.

Professor%2C historiador e jornalista%2C Joel Rufino dos Santos morreu nesta sexta-feira%2C aos 73 anosDivulgação / site joelrufinodossantos

O presidente do TJ, desembargador Luiz Fernando Ribeiro de Carvalho, lamentou a morte de Joel, a quem considerava também um amigo. “É uma grande perda para o Tribunal de Justiça, para os meios intelectuais e professores. Uma alma generosa. Que ele descanse em paz. Vamos guardar do professor os melhores exemplos. A nós, Joel Rufino vai deixar a semente do seu exemplo, de um homem dedicado ao humanismo e a causa pública”.

O escritor estava à frente do setor do TJ desde fevereiro deste ano, onde, segundo o órgão, teve iniciativas inovadoras e de destaque, vinculadas à causa pública e à cidadania. Entre elas, o desenforcamento do Tiradentes e a realização de um baile charme no próprio tribunal.

Por sua militância política, teve de se exilar na Bolívia e depois no Chile durante a Ditadura Militar no Brasil. Ao voltar ao país, chegou a ser preso três vezes. Com a Lei da Anistia, foi reintegrado pelo Ministério da Educação e passou a dar aulas na Escola de Comunicação da UFRJ.

Como escritor, Joel escreveu livros para crianças, jovens e adultos, ficção e não ficção. Além disso, mostrou ainda mais sua pluralidade em ensaios, artigos e participação em coletâneas. Como autor de livros infanto-juvenis chegou a ser premiado várias vezes. Ele foi ainda finalista do Prêmio Hans Christian Andersen, considerado o Nobel da literatura infanto-juvenil.

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