Por nicolas.satriano

Rio - A lista de mortos envolvendo a empresa Colitur, responsável pelo ônibus que tombou e matou 15 pessoas e feriu outras 63 em Paraty no último domingo, não para de crescer. A empresa responde por mais quatro mortes, além de outras duas pelas quais a empresa já foi condenada a pagar R$ 1 milhão, como O DIA noticiou quinta-feira com exclusividade. O valor está bloqueado até o fim do processo.

Ao todo, já são 21 vítimas fatais envolvendo a Colitur. Os casos estão entre os 83 processos que a empresa responde na Justiça desde 1994. Há ações também por acidentes, atropelamentos, licitação e gratuidade para estudantes da rede pública. Ao todo, as condenações passam de R$ 1,3 milhão.

Paulo Afonso Arantes%2C dono da Colitur%2C participa de encontro para debater indenizações às vítimasBruno de Lima / Agência O Dia

Em 2005, a Justiça determinou o pagamento de R$ 100 mil por danos morais e R$ 16 mil por danos materiais aos pais de um rapaz que morreu atropelado por um ônibus da Colitur em Paraty. Em 2008, a empresa foi condenada a pagar R$ 50 mil por danos morais e mais os custos do funeral à mãe de outro rapaz que também foi vítima de atropelamento por coletivo da empresa em Barra Mansa. Os processos ainda estão tramitando na Justiça.

Ontem, o delegado titular da 167ª DP (Paraty), João Dias, afirmou que testemunhas do acidente do domingo disseram, em depoimento, que ouviram o motorista do ônibus gritar que estava sem freio na hora do acidente. “Pelo menos três pessoas contaram essa versão. Estamos aguardando os laudos periciais”, disse.

Também nesta sexta-feira, representantes da Colitur e defensores públicos do Núcleo de Defesa do Consumidor se reuniram para tratar das indenizações às vítimas do acidente do último domingo. Mas, nenhum valor foi acordado e haverá outra reunião quarta-feira, entre Paulo Afonso Arantes, presidente da Colitur e a Defensoria. Arantes diz que a empresa tem 30 anos na praça. A prefeitura de Paraty alega que fiscaliza os ônibus.

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