Por bianca.lobianco

Rio - “Praia e sol, Maracanã, futebol, que lindo”. Os versos do cantor baiano Bebeto caberiam com perfeição para descrever o dia de ontem que em nada aludia ao inverno carioca — que chegou a apontar sua força em dois dias da semana passada, com temperaturas baixas. A volta fulminante do calor, é claro, levou multidão à praia e, pouco antes da largada do Rock in Rio, o número de turistas que se espalhavam pelas ruas do Rio remetia à alta temporada, em pleno inverno.

Amigos que vieram para o Rock in Rio curtiram o dia em Ipanemaarquivo pessoal

Termômetros marcando 41 graus no Centro e um grupo de colombianos conhecia os Arcos da Lapa no fim da tarde. Pouco antes, em Copacabana, sentiram o gostinho do calor que faz com que o público brasileiro conquiste músicos que vêm tocar por aqui. Durante a Marcha Contra a Intolerância Religiosa realizada ontem, na Avenida Atlântica, o cantor Arlindo Cruz não somente defendeu a liberdade dos credos afro-brasileiros, como também saudou a multidão com alguns dos seus maiores sucessos, de cima de um trio elétrico.

Mas, é claro que o inchaço de turistas causou os habituais contratempos que vêm a reboque do Astro Rei: latas de cerveja vendidas por até R$ 8 na orla, Delegacia de Atendimento ao Turista lotada e muita busca por informações nos pontos turísticos. “Quando disse que viria para os shows, me disseram que perderia a oportunidade de conhecer as praias. Estou me saindo bem: paguei mais barato, por ser baixa temporada, e estou vivendo um dia típico de verão”, comemorou a gaúcha Sandra Moreira, que ansiava pelo show do cantor inglês Elton John, na noite de ontem. Como ela, os estudantes de Medicina, Breno Barros, Ana Luiza Beiler e Patrielly Aguiar e a médica Maria Isabel Beiler passaram o dia em Ipanema recarregando as baterias para o festival.

Arlindo Cruz defendeu a liberdade de credo de cima do trio elétricoDaniel Castelo Branco


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