Por bianca.lobianco

Rio - É no ritmo do ‘pancadão’que o professor de história Pedro Henrique Acosta passa suas lições para os alunos vestibulandos. Na Sexta-feira a missão foi maior: mostrar para outros docentes que o funk pode ser uma ótima ferramenta de ensino, em uma das mesas do Batidão Cultural, na Biblioteca Parque de Manguinhos.

Organizado pelos formandos de Produção Cultural da da Escola Técnica Estadual Adolpho Bloch, em São Cristóvão, o evento teve Acosta como um dos convidados da mesa EducaFunk. Ele utiliza a técnica para passar lições importantes para alunos vestibulandos. “No início, meus alunos acharam estranho, mas acabou que deu certo” conta. “Eles conseguiram memorizar mais as lições.”

Pedro Acosta (camisa branca)%2C ao lado de Victor de Oliveira%2C apresenta palestra no Batidão CulturalDaniel Castelo Branco / Agência O Dia

Ele que estava nervoso e com receio de como seria recebido pelos outros professores, durante o encontro, logo descobriu que a curiosidade era maior do que qualquer preconceito que pudesse existir e fez uma aula prática.“Nazismo um dia/ Na Alemanha foi fundo/ Maior kaozada o füher queria prender todo mundo.” A música, uma paródia de ‘Não Me Deixe Sozinho’, de MC Nego do Borel, foi exibida no projetor.

“A música é uma forma dos alunos entenderem a matéria”, afirma Pedro. “Com a música, os alunos entendem o contexto dos fatos históricos.” Segundo ele, o funk é uma forma dos alunos memorizarem fatos históricos, mas não substituem os livros e nem a aula tradicional.

“Quando vão fazer o Enem, tem coisas que os alunos precisam lembrar”, conta Victor de Oliveira, professor de matemática e física que também utiliza o funk como método de ensino. “Qualquer música pode ser utilizada. Posso ensiná-los teoria das ondas, leis de Newton assim. E eles realmente aprendem e lembram na hora da prova”, complementa Victor.


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