Por paulo.gomes

Rio - A menina Ana Gil da Silva Ananias, de 9 anos, será sepultada na tarde desta segunda-feira, na Baixada Fluminense. Ela morreu na madrugada de domingo, em São João de Meriti, vítima de uma bala perdida. O principal suspeito é o próprio tio, o PM Márcio Henrique Oliveira da Silva. Ele achou que seu carro estava sendo roubado e efetuou o disparo. Contudo, quem estava ao volante não era um ladrão, mas um primo do policial militar, que pegou o carro sem avisar. O enterro de Ana Gil será às 16h, no Cemitério de Éden.

Ana Gil da Silva Ananias%2C de 9 anos%2C será sepultada nesta segunda-feira%2C às 16h%2C no Cemitério de Éden%2C em São João de MeritiReprodução Facebook

Em depoimento, o PM disse ter disparado três vezes, depois de mandar o motorista parar e não ser obedecido. Um disparo acertou o veículo, o outro feriu a menina. Ela foi levada para o Hospital Adão Pereira Nunes, em Duque de Caixas, mas não resistiu. Alexander de Oliveira Alves da Silva, que dirigia o carro, não ficou ferido.

O caso está sendo investigado pela Divisão de Homicídios da Baixada Fluminense (DHBF). O carro do policial militar foi policiado no local. Aarma dele foi apreendida. Os agentes buscam por possíveis testemunhas e imagens de câmeras de segurança para novas análises.

Vítima era uma criança alegre e muito querida por todos

De família humilde, Ana Gil da Silva Ananias era uma criança levada e tida por todos como uma menina alegre e sorridente. Uma perda muito dolorosa para a família, amigos e vizinhos da garota. Na rua onde morava, o clima entre os vizinhos era de tristeza e muita comoção. Muitos conhecidos lamentaram a tragédia.

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“Conhecíamos a Ana desde que nasceu, é uma tragédia que abalou todos os moradores da região, sentiremos muito a falta dela brincando aqui na rua. Quando vi o estado que ela saiu daqui sabia que não voltaria mais, ela estava muito mal”, contou uma vizinha. “Eles (pais da menina) são pessoas maravilhosas, não mereciam isto que está acontecendo. É uma coisa que nunca iremos esquecer”, falou outro vizinho, que disse não ter escutado os tiros.

Aiane Cristina, amiga da família há anos, disse que estão todos muito abalados. “A família está arrasada, é tudo muito triste. Ela era uma criança alegre, muito sorridente, como outra qualquer. Estamos todos reunidos, ajudando, e, principalmente, estamos em oração, que é o que eles precisam neste momento tão difícil da vida deles”, afirmou.

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