Por adriano.araujo

Rio - "'Um clarão azul", "uma bola em chamas', "uma explosão"' foram algumas das explicações para o fenômeno que durou poucos segundos e foi registrado na madrugada desta sexta-feira no céu do Rio, intrigando muitos cariocas que o presenciaram. Segundo Marcelo De Cicco, pesquisador do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) e astrônomo que coordena o Exoss Citizen Science, a forte luz que cortou o estado era um meteoro.

A Exoss Citizen Science faz o monitoramento de bólidos (meteoros) nos céus do Brasil. De Cicco disse que mexia nas câmeras em sua base em Petrópolis, na Região Serrana, quando começou o fenômeno. "Foi por volta das 2h da manhã e eu estava fazendo ajustes na câmera quando o céu começou a iluminar e na hora percebi que era um bólido" contou. Pelo menos duas câmeras da organização em São Paulo e uma no Norte Fluminense do Rio registraram o meteoro. De acordo com a organização, às 01h59 o grande meteoro cruzou o oceano em direção ao estado do Rio de Janeiro e seu clarão no céu foi percebido em diversos estados da região sudeste do país.

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O astrônomo pediu que as pessoas que gravaram ou fotografaram o que está sendo chamado de "superbólido", por conta de sua possível grande magnitude, que acessem www.press.exoss.org e façam o relato. "Pedimos que as pessoas enviem as imagens para analisarmos a trajetória e sabermos de onde veio. Nossa rede é participativa, será de um valor enorme", disse.

Um corpo técnico da organização irá analisar o fenômeno nos próximos dias, mas os dados preliminares indicam um brilho intenso, bem maior que a lua cheia e uma trajetória superior a 150km sobre os céus do litoral sudeste do país. O meteoro durou cerca de 5 segundos até se desintegrar sobre a atmosfera terrestre.

Ainda não é possível dimensionar o tamanho do meteoro ou se atingiu o solo terrestre. "Um corpo desse, dando um chute, teria em torno de 5 a 10 quilos, não é algo grandioso. Com a velocidade, causa este impacto luminoso e pode atingir de 50 mil a 80 mil km/hora", explicou De Cicco antes da divulgação de dados mais consistentes. Segundo o especialista, os meteoros são fósseis da época da formação do sistema solar. 

Através do WhatsApp do DIA (98762-8248),  um vigilante da Unirio que estava de serviço durante madrugada disse ter presenciado o fenômeno. "Passou por cima da universidade. Era uma bola azul e fez o maior clarão", relatou. nas redes sociais, o assunto é bastante comentado. "Eu vi!!!! Que coisa mais linda, iluminou tudo!!!", disse uma internauta. 


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