Por felipe.martins, felipe.martins
Rio - A investigação do caso de racismo contra a atriz Taís Araújo ganhou corpo com a identificação de 70 perfis no Facebook suspeitos dos ataques na rede social. A Delegacia de Repressão aos Crimes de Informática (DRCI) obteve autorização judicial para quebrar o sigilo de dados dos autores dos perfis e investiga se o ataque foi uma ação coordenada por um grupo ou individual. Entre os perfis investigados, segundo agentes da DRCI ouvidos pela reportagem, estão os de menores de idade. 

De acordo com o delegado titular da DRCI, Alessandro Thiers, a especializada ainda tenta montar o quebra-cabeça da origem das ações criminosas contra a atriz, para depois partir para a fase de depoimentos dos suspeitos. "Primeiro a gente vai fazer a análise de todos os fatos, para depois saber a linha de investigação que a gente vai tomar", disse ele. 

Tais AraujoReprodução / Facebook

Segundo Thiers, a quebra do sigilo de dados foi possível através de ação judicial que obrigou os provedores de internet a liberar as informações pessoais e o registro de naveação na internet dos suspeitos. De acordo com a polícia, o bloqueio dos dados dos investigados também foi solicitado à Justiça. "A polícia continua a apurar para chegar a todas as pessoas que cometeram esse crime", concluiu o delegado. 

Entenda o caso 
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Taís Araújo foi vítima de um ataque racista no último dia 31 de outubro no Facebook . Autores de perfis na rede social fizeram comentários depreciando a cor da pele e o cabelo da atriz. Os comentários criminosos foram feitos em uma foto postada há cerca de um mês. Em apoio, milhares de pessoas postaram mensagens de solidariedade com a hashtag SomosTodosTaísAraújo nas redes sociais.
No último dia 4, ela compareceu à DRCI  para depor sobre os ataques.Taís saiu da sede da especializada sem comentar o caso com a imprensa. "É importante que as pessoas se conscientizem da necessidade de denunciar esses crimes, para que a polícia possa agir. É inadmissível que em pleno 2015 haja gente tão medíocre usando as redes sociais para esse papel ridículo", disse o delegado Alessandro Thiers.
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