Rio - A turismóloga Alexandra Marcondes saiu em defesa do do ex-marido e secretário executivo de Coordenação de Governo da Prefeitura do Rio, Pedro Paulo Carvalho. Em entrevista coletiva convocada após as revistas ‘Época’ e ‘Veja’ revelarem mais um episódio de violência doméstica protagonizado pelo pré-candidato do PMDB à prefeitura do Rio em 2016 , ele e Alexandra trataram as brigas, que foram parar na polícia em 2008 e 2010, como fatos corriqueiros da vida a dois.
“Quem que não tem uma briga dentro de casa? Quem que não tem um descontrole? Quem não exagera numa discussão? Nós vivemos momentos de amor e ódio”, disse Pedro Paulo, que o ciúme foi o estopim para as brigas. “Ele nunca foi um cara violento”, endossou Alexandra.
Por duas vezes, Alexandra foi à delegacia registrar queixa contra Pedro Paulo por violência doméstica. A primeira foi em São Paulo, em 2008. No relato, ela afirma ter sido xingada e alvo de socos no corpo e no rosto, na frente da filha de dois anos do casal. No mês passado, a revista ‘Veja’ revelou um laudo de exame feito após a agressão sofrida em fevereiro de 2010. No documento, o relato de que Alexandra foi jogada no chão, contra a parede, chutada e teve um dente quebrado após descobrir uma traição do marido. Após a revelação deste primeiro episódio, Pedro Paulo disse se tratar de um caso isolado em sua vida.
Nesta quinta, na presença do atual marido, Tom, e da atual esposa de Pedro Paulo, Tatiana, Alexandra reclamou da repercussão do caso: “Vocês, jornalistas, estão transformando minha vida num inferno”. Apesar de ter feito dois boletins de ocorrência contra o ex-marido, Alexandra foi enfática ao afirmar que Pedro Paulo não é violento. Questionada sobre o porquê de manter o casamento com as agressões, ela afirmou crer que o casamento é “para vida toda”. Perguntada se acharia normal sua filha, no futuro, dizer ter sido agredida pelo marido, ela não quis falar de suposições. “Não vou falar por suposições, mas claro que nunca vou achar normal. É difícil julgar.”
Na semana passada, Pedro Paulo admitiu ter agredido a ex-mulher em 2010. Mas enfatizou na época que essa havia sido a única briga do casal. Ontem, ele disse que não mencionou a briga de 2008 porque queria proteger a filha do casal, hoje com 10 anos. “Cometi um erro muito grave de ter traído minha mulher”, disse.
Na entrevista, ele reafirmou sua candidatura à prefeitura do Rio. “Tenho orgulho de ter a confiança do meu partido e ser a escolha do Eduardo Paes para sucessão dele. Vou jogar o jogo, sou pré-candidato”, resumiu.