Por marlos.mendes
Rio - O aumento no número de leitos de internação, reforço nas emergências, campanhas preventivas e centros de hidratação. As ações que estão sendo traçadas pela Secretaria Municipal de Saúde do Rio de Janeiro são parte do plano de contingência que deverá ser posto em prática na próxima estação para enfrentar o que deve ser o pior verão dos últimos anos.
Segundo meteorologistas, a cidade terá recorde na temperatura, pela influência do fenômeno El Niño, que será muito intenso. De acordo com a Organização Meteorológica Mundial, o próximo verão pode se tornar um dos quatro mais quentes desde a década de 50. A previsão é que os termômetros registrem mais de 40 graus por vários dias seguidos.

Diante do alerta, o secretário municipal de Saúde, Daniel Soranz, adiantou que já foi comunicado pelo Centro de Operações sobre ondas de calor que devem atingir o município. “O Rio é uma das cidades com os mais altos índices de exposição solar de sua população. Mais do que usar protetor solar, as pessoas devem buscar a sombra para se proteger dos riscos do câncer de pele, que é um problema crônico que aparecerá com o tempo”, diz.

Trabalho contra a dengue vai ser intensificado Divulgação

De imediato, a maior preocupação são casos de insolação, desidratação e queimaduras na pele provocadas pelo contato com substâncias, como o limão e bronzeadores caseiros. As pessoas mais vulneráveis ao calor são idosos e bebês, cujos organismos têm menos capacidade de adaptação e defesa. Entre os mais velhos, os picos nos termômetros aumentam o aquecimento corporal e os riscos de infartos e derrames.

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De acordo com o secretário, a cidade montou uma estratégia de combate à dengue. Para 2016, há expectativa de um aumento de casos da doença. Por isso, a SMS vai reforçar as ações que já são realizadas rotineiramente. Os profissionais da assistência passarão por treinamentos e as clínicas da família poderão ter o horário de atendimento ampliado.
“Estão previstas sete milhões de visitas domiciliares e a abertura de 10 centros de hidratação na cidade, de acordo com a evolução dos casos”, conta Soranz, lembrando que este foi o primeiro ano em que não houve nenhum óbito de dengue na cidade. O secretário chama a atenção para o fato de que entre dois terços dos pacientes infectados, o foco do mosquito estava no próprio domicílio. “Isso mostra que todos temos que estar junto na luta contra a doença”, afirma.