Por marlos.mendes
Rio - Agentes da Delegacia de Descoberta de Paradeiros vão analisar as imagens de um vídeo onde um jovem é torturado e queimado vivo por criminosos de uma favela do Rio. Júlio Pimenta Rosa, de 22 anos, que segundo familiares é portador de autismo, foi reconhecido pelos parentes no vídeo.
Segundo a irmã da vítima, Patrícia Aparecida Pimenta Rosa, o rapaz, que mora com o pai na comunidade do Terreirão, no Recreio dos Bandeirantes, sumiu de casa no dia 12. A família prestou queixa de seu desaparecimento na 42ª DP (Recreio dos Bandeirantes).

Ele teria sido executado na favela do Gogó da Ema, no Complexo do Chapadão, em Costa Barros, ou no Rodo, em Santa Cruz.

Juninho morava no RecreioReprodução Internet

“Acredito que ele, por ser autista, e por falar sempre que queria ser policial ou bombeiro, pode ter sido morto por traficantes. Também pode ter sido confundido como bandido de facção rival. Não aguentei ver todo o vídeo. São covardes”, comentou abalada, Patrícia.

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O vídeo que está circulando pelas redes sociais tem 49 segundos. Nele, Juninho, como é conhecido, é agredido com golpes no pescoço e aparece sem a orelha esquerda. Móveis são queimados em cima dele, que agoniza. Num momento, um dos traficantes, que seria do Comando Vermelho, diz no vídeo. “Nós tá cheio de ódio do Muquiço. Tá queimando vivo. Já está sem orelha”.
A irmã de Juninho não soube dizer como o jovem foi pego por traficantes. “Ele sai, mas sempre volta para casa. Há boatos de que três homens o levaram para a favela do Gogó. Apesar de ter 22 anos, agia como criança. Só queremos achar o corpo dele para dar um enterro digno”, contou Patrícia.